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Conflitos na Geórgia

O conflito entre a Rússia e a Geórgia eclodiu na noite da última quinta-feira (7), quando o governo georgiano lançou um cerco à Ossétia do Sul --que proclamou independência em 1992--, enviando tanques para a região separatista na tentativa de retomar o controle do local. Em resposta, a Rússia --que apóia a Ossétia do Sul-- tem bombardeado a Geórgia.


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Comentários dos leitores
J Souza (165) 18/08/2008 14h23
J Souza (165) 18/08/2008 14h23
Cont. Caro Edison Filho : duvido que seriam instalados mísseis na Geórgia. Tais mísseis seriam irrelevantes no caso de um conflito. Quanto tempo a Rússia levaria para passar o rolo compressor por cima de toda a Geórgia? Meia hora? O que acontece com certos países - normalmente (nem sempre) autoritários - é a exacerbação da paranóia nacionalista. Baseados nesse neo-imperialismo os russos ocuparam, colonizaram, eliminaram diversos povos além dos Urais. O mesmo com os chineses. Um país gigantesco, com 1.5 bilhões de habitantes, quem consegue causar dano? Ninguém. Mas os chineses exercitam essa paranóia como se fossem um paisinho de 3 km quadrados cercado de inimigos por todos os lados. Essa paranóia por si só é insaciável. Ganhando a Geórgia, porque não deglutir também o Ajerbaidjão e seu petróleo, o Uzbequistão e fazer de seu povo cidadãos de segunda classe como foi durante o regime comunista. Os soviéticos não estavam contentes com tudo o que ganharam na II guerra, queriam mais. Queriam toda a Alemanha e se não fossem contidos teriam imposto governos anti-democráticos até Portugal. Portanto, esse renascimento neo-imperialista russo tem que ser contido. Essa citação de Clausewitz é verdadeira mas fronteiras e o direito internacional tem que ser respeitado senão não se vive neste planeta. Ao criar esse precedente perigoso de atribuir cidadania a cidadãos de outros países, daqui a pouco vamos ter nossos índios com cidadania americana e a criação de um novo país no Amazonas. 7 opiniões
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J Souza (165) 18/08/2008 13h58
J Souza (165) 18/08/2008 13h58
Caro Edison Filho. Grupos de paramilitares russos (leia-se forças militares à margem da lei) vem operando na região desde 1991. Esse financiamento ilegal, além de não contribuir para a paz de uma região já fértil para conflitos, também pode ser considerado um ato de hostilidade ou guerra. Por exemplo: se argentinos começarem a se aproveitar de tendências separatistas que existem dormentes no sul do Brasil, começarem a armar a população, a conceder passaportes argentinos a cidadãos brasileiros que residem dentro do território brasileiro, e transformar uma situação dormente numa guerra civil aberta, isso seria considerado pelo governo brasileiro uma declaração de guerra. Essa 'limpeza étnica' dos ossétios e abkhazes, expulsando 250 mil georgianos de suas casas em 1992/3 e não sem violência e mortes, deixou ressentimentos no resto da população georgiana. O atual presidente, é oportunista sim, mas foi eleito com uma plataforma de recuperação do território nacional, que estava sendo deglutido aos pedacinhos por seu vizinho. Portanto Shashkvili, está representando a vontade de seu povo. Sim errou nos meios, mas está corretíssimo nos seus objetivos. Em 2004 Shashkvili conseguiu retomar o controle sobre o território georgiano da Ajaria. Alguém ouviu falar de genocídio do povo ajar? Não. Estão lá, pacificados e bem. Força de 'paz' russa tomando conta de território georgiano é como colocar Stálin tomando conta do Leste Europeu. Uma caca só. Que venha a ONU e russos fora. 3 opiniões
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Edison Filho (156) 18/08/2008 13h38
Edison Filho (156) 18/08/2008 13h38
Cont., caro J Souza:
Se, como vc mesmo afirma, a Russia não mantém tropas de paz, mas sim de ocupação na Ossetia (com o que concordo plenamente), isso não invalida a possibilidade de negociação. É ocioso criticar o fomento do separatismo osseta por parte da Russia, pois para ela trata-se de uma questão muito maior, sua segurança nacional. Se Saakashvili agisse com racionalidade, evitaria o confronto pra início de conversa. Mas além de não recuar da idéia imbecil do tal "escudo", ele ainda ataca primeiro!
Saaskashvili quis retomar na marra o controle da Ossetia não por que é seu direito, mas porque quer a aliança com o Ocidente o mais breve possível. Será que a vida de 70 mil ossetas e milhares de outros georgianos é menos importante que esse tratado?
Se a Russia quisesse de fato tomar a Ossetia, provavelmente já o teria feito em 91, pois a decadência militar da ex-URSS afetou por igual os dois países, mas em números os russos tem larga vantagem. Mas seu interesse é outro: manter a província formalmente georgiana, embora com domínio russo, pois assim a Georgia não logra atingir o grau de soberania territorial necessário à sua entrada na OTAN.
"A guerra é a continuação da política por outros meios". A Russia tem uma posição política clara, não aceita o escudo anti-misseis em suas fronteiras e o país que o instalar será considerado inimigo. Mas a Georgia não quer recuar. É um direito seu, mas ela deve estar ciente de que pode sofrer represálias por isso. O Irã que o diga.
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Edison Filho (156) 18/08/2008 13h11
Edison Filho (156) 18/08/2008 13h11
caro J Souza
A Russia vem financiando os rebeldes ossetas pelo menos desde 1991, quando foi assinado o último cessar fogo na região. Em 2001 a província elegeu seu presidente e em 2006 fez plebiscito aprovando a independência. Durante todo esse tempo não se viu uma única ação militar russa. De repente, após quase 20 anos, a Russia agiu. É tempo demais pra uma ação "premeditada"..
Como explicar a estranha "coincidência" de que a guerra estourou justamente após a entrada da Georgia na OTAN ter sido negada pela UE (em particular pela Alemanha) porque o país não exercia soberania de todo seu território?
Que os russos vem fomentando os rebeldes há tempo ninguém nega, mas fingir não enxergar a falta de escrúpulos do presidente da Georgia é demais. Ele rompeu uma trégua frágil de anos com o único objetivo de sacramentar sua aliança com os EUA. Durante todo esse tempo a Ossétia não foi problema pra ele, mas quando a OTAN lhe fechou as portas a coisa mudou. E o irresponsável ainda achou que os EUA lhe dariam proteção numa ação dessas!
O presidente da Georgia quis mostrar esperteza, mas se esqueceu de que sua vizinha não brinca em serviço quando o assunto é segurança nacional. A Russia já deixou claro mais de uma vez que não aceita a instalação do "escudo de mísseis" ali. Os EUA fingem que não estão nem aí. Como chefe de Estado, Saakashvili deveria cuidar da segurança de seu povo em primeiro lugar, mas prefere jogar com a vida de georgianos e ossetas tomando partido nessa disputa.
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J Souza (165) 18/08/2008 12h01
J Souza (165) 18/08/2008 12h01
Bom dia Edison Filho. Pelo contrário, o conflito na Ossétia não é localizado. As diferenças étnicas nunca na história causaram muitos problemas entre georgianos e ossétios. Porque era algo localizado antes. Até a Rússia armar os separatistas e afastar políticos moderados ossétios e ainda conceder cidadania russa para os cidadãos georgianos da Ossétia. O atual 'presidente' da Ossétia, tem passaporte russo. Raros são os países que permitem que seus presidentes sejam estrangeiros. O Brasil, por exemplo, o nosso presidente da República não pode ser estrangeiro e se não estou enganado nem naturalizado pode ser. A força de 'paz' russa na verdade aprofundou a discórdia, eliminou soluções de negociação moderada e permitiu que o armamento dos radicais separatistas ocorresse. Isso se pode chamar de 'força de paz'? Claro que não. Isso se chama ocupação e tentativa de anexação de um território e população de outro país. Em toda a história da humanidade o direito internacional foi rompido muitas vezes. Mas não é porque, exemplo hipotético, se todos nós não respeitássemos o Código Civil então o mesmo deve ser abolido. Pelo contrário, quanto mais respeitado for o direito internacional, melhor para todos nós. Não é o Putin ou o Medvedev ou o Shashkvili que sofrem por suas políticas neo-imperialista de um lado e nacionalista de outro. É como aquela piada da TV: "Eu lutarei até a última gota do...TEU sangue. Quem morre é o povo ossétio e georgiano. 3 opiniões
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J Souza (165) 18/08/2008 11h38
J Souza (165) 18/08/2008 11h38
Olá Sr. Adriano Alves. Realmente o ataque foi calculado e agora a Geórgia está se fazendo de vítima. E a comunidade internacional não fez nada desde que as sementes do conflito, já existentes pelas diferenças étnicas, foram regadas e cultivadas com carinho pelos armamentos que a Rússia entregou aos separatistas desde anos. Apesar de chamar suas tropas de 'força de paz', o neo-imperialismo russo deliberadamente e sorrateiramente: (a) Afastou o presidente moderado ossétio Ludwig Chibirov (favorável a uma autonomia ossétia dentro da Geórgia) (b) financiou a campanha do atual presidente radical ossétio Eduard Kokoity (favorável à anexação pela Russia) (c) sua 'força de paz' não só foi incapaz de bloquear o armamento dos separatistas como favorecia seu fortalecimento (d) concedeu cidadania russa à maior parte dos cidadãos ossétios (e portanto georgianos) (e) não permitiu o retorno de 250 mil refugiados georgianos para suas casas na Ossétia. Concordo que não se pode definir genocídio pelo número de anos. Genocído é uma política deliberada de extermínio de uma minoria. Os soviéticos, por exemplo foram experts nisso. 20 milhões de cidadãos soviéticos mortos, deportados, executados. O Hitler, por exemplo, tinha uma política deliberada de genocídio. Os georgianos, não tinham nem têm uma política deliberada de genocídio tanto que o presidente primeiro presidente ossétio queria permanecer na Geórgia, com autonomia de governo. 2 opiniões
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jose coelho (1) 18/08/2008 09h41
jose coelho (1) 18/08/2008 09h41
Muito bom ! 1 opinião
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Edison Filho (156) 18/08/2008 08h45
Edison Filho (156) 18/08/2008 08h45
kkkk esse presidente da Georgia é uma figura mesmo! Começa uma guerra imbecil só pra se fazer aceito na Otan, imaginando que os mil soldados que mantém no Iraque são uma grande moeda de troca pros ianques. Depois de perder a província de vez - e a credibilidade também, quando a Angela Merkel e a UE afirmaram que ele era o culpado pela lambança - resolveu apelar. Primeiro acusou os russos de holocausto e limpeza étnica, agora os está acusando de catástrofe ecológica!! kkkkkkkkkk
Depois o pessoal ainda reclama do Lula, que só fala abobrinha. Perto desse falastrão irresponsável do Saakashvili até o Chavez parece um cara sensato! E ainda tem gente que fala que ignora as trapalhadas desse cara e bate na tecla do "direito dos georgianos", como se direito internacional fosse prerrogativa pra um chefe de Estado agir com tamanha irresponsabilidade. Qualquer semelhança com os esquerdistas serelepes que defendiam a atitude de Morales e o "direito dos bolivianos" no caso das refinarias da Petrobras decididamente não é mera coincidência.. Ah, mas naquele caso o Morales não tinha razão né? Sei..
Um jornal russo anunciou que o país construiria uma base aérea em Cuba para seus bombardeiros reabastecerem. Isso bastou pros EUA dizerem que, se o fizerem, "a linha vermelha foi ultrapassada". Pois a Georgia fez o mesmo. Mas ao que parece, pra alguns aqui a ideologia do governo em questão é fator de exclusão. Se ele for pró-EUA, pode fazer lambança a vontade que ainda terá razão. Lamentável.
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Braz Fernandes (5) 17/08/2008 16h22
Braz Fernandes (5) 17/08/2008 16h22
Olá!
Primeiro, quero frisar que NADA tenho contra ninguém.
Seja de uma "raça" ou de outra, "preto ou branco", rico ou pobre, homem ou mulher, jovem ou idoso, muito instruído ou não, religiosos ou políticos, Ocidentais ou Orientais, etc.
Mas, quase por acaso, vi muitas impressões a respeito das potências mundiais atuais, "neste fórum de jornal". Aprendi com algumas observações e, por isso, decidi "postar" também a minha impressão "quilométrica" a respeito.
Quem sabe poderia ser útil?
Um dia antes do início das Olimpíadas, a Geórgia decide retomar o controle político da Ossétia do Sul, mandando o seu exército para o território dessa província separatista, que havia se declarado independente nos anos 90, mas que continuava integrando o país georgiano.
Porém, sob a desculpa de que a Ossétia têm muitos cidadãos russos, a vizinha Rússia NÃO gostou e acabou com a festa.
Enviou tropas, expulsou os georgianos de lá e ficaram "protegendo" o povo ossétio.
Para "assegurar melhores condições de paz", avançaram contra outras cidades também, criando uma "zona de proteção" aos separatistas.
Apesar de ter assinado um "cessar-fogo", deixou claro que manterá suas tropas na Geórgia, pois "não confia no seu governo".
A Geórgia já pertenceu à URSS, que era um punhado de repúblicas lideradas pela Rússia. Quando a URSS se desfez, em 1991, se declarou independente daquele bloco. Atualmente, é aliada dos EUA.
É sabido que os três, tanto os EUA como a Rússia e a Geórgia são membros da ONU, que age como mediadora nos conflitos internacionais.
Geralmente, a ONU tem pouco poder numa situação belicosa real.
Mesmo porque já a fizeram para manter os INTERESSES das potências.
Os EUA, a China, a Rússia, a França e a Inglaterra têm o poder de VETAR as decisões que não lhes servem.
Portanto, ela tem servido mais como um "fórum das nações", onde se discute e se fala muito.
Além disso, tem, também, uma APARÊNCIA de justiça e de imparcialidade. Na realidade, porém, num conflito os seus poderes são poucos e, quase sempre, se submete aos caprichos das mais poderosas nações.
Mesmo que os seus dirigentes sejam muito bem intencionados e que procurem ACERTAR as suas decisões para o bem estar de todos os povos, até agora NÃO têm conseguido.
Os interesses das maiores potências têm prevalecido.
Portanto, o que prevaleceu na Geórgia?
O interesse da Rússia, que é uma grande potência militar.
Aliás, a Ossétia do Sul e a Abhicásia já eram "separatistas" ANTES de integrarem o território da Geórgia.
Para evitar ou para desestimular a separação da URSS, Stalin (que era georgiano) "encheu de russos essas duas províncias (que falam suas próprias línguas)".
Enchendo os territórios da Ossétia e da Abhicásia com seus cidadãos, a Rússia sempre teria MOTIVOS para intervir naquelas partes. Afinal, estaria apenas "protegendo os seus cidadãos".
Na realidade, estão pouco se lixando para os seus cidadãos, pois muitos foram DEPORTADOS para lá.
No entanto, aquela região é estratégica. Por lá, passam os OLEODUTOS que abastecem a Europa.
Assim, o que a Rússia quer, mesmo, é proteger os seus interesses estratégicos e/ou petrolíferos.
Seus cidadãos que se danem!
SE ela acha que "os separatistas não deveriam integrar-se à Geórgia, pois não se adaptam ao seu governo", por que não dá independência à Chechênia?
Eles também são separatistas e já se declararam independentes da Rússia, "não se adaptando ao governo deles".
Todavia, fazem parte daquela mesma região, de suma importância estratégica/petrolífera.
Por outro lado, quando os chechenos os atacam, tanto na Chechênia como na Rússia ou em outras partes, são classificados como "terroristas".
E uma nação civilizada "não pode dialogar ou fazer concessões com terroristas". Isso é óbvio. Todo o mundo concorda.
Mas o que eles queriam? Que os chechenos os combatessem de igual para igual?
Isso é impossível.
Os russos têm muito mais poderio militar.
Então, massacram os separatistas, como fizeram na virada do milênio.
Entram, invadem, matam e arrasam quarteirões, mas, com a maior "cara de pau", dizem que estão "combatendo o terrorismo ou consolidando posições para que todos tenham paz".
SE a Rússia pode invadir a Ossétia do Sul para proteger os interesses de seus cidadãos, a Geórgia também poderia, pois é seu território geográfico e, por lá, também vivem muitos georgianos.
No entanto, fica claro que o REAL interesse, tanto da Rússia como da Geórgia, é outra coisa.
Portanto, o que vigora mesmo, entre as nações, são os interesses e o poderio militar.
O resto é conversa fiada.
Isso também se aplica aos EUA, a Israel e à China.
Os EUA "condenaram" a invasão russa.
Disseram que a Geórgia tinha um "governo eleito democraticamente, pelo povo, e que era respeitado pelas Instituições internacionais. Portanto, a Rússia não poderia ir agindo assim, INVADINDO a seu bel prazer".
No entanto, na guerra Irã-Iraque, de 1980-90, os EUA não tiveram o menor pudor em apoiar o Governo iraquiano.
Quem era o dirigente máximo daquele regime?
Sadam Hussein. Ele NÃO tinha sido "eleito democraticamente pelo povo". Tomou o poder por um golpe de estado.
Porém, como servia aos interesses americanos de então, não hesitaram em apoiá-lo.
No entanto, o apoiaram até quando lhes serviu apenas.
Quando se tornou inconveniente, INVADIRAM o Iraque e o tiraram do poder. Por fim, acabaram enforcando-o.
Tudo bem que ele "não era nenhum santo". Mas os dirigentes americanos seriam melhores?
Primeiro, apoiaram o cara. Depois, invadiram o seu país e o enforcaram.
No entanto, Bush diz que, "em pleno século 21, a Rússia não poderia ir agindo assim, INVADINDO a seu bel prazer".
Então, que fique bem claro:
Em pleno século 21, a Rússia NÃO pode invadir a seu bel prazer. Só os EUA podem. Certo?
Os motivos?
Os russos invadiram para "proteger os seus cidadãos (afinal, eles queriam se separar da Geórgia, o que só traria proveito à Rússia)" e os americanos invadiram para tirar um tirano do poder, pois ele "judiava do povo e tinha armas químicas!" e, depois que o tiraram, "precisavam permanecer por lá, para restabelecer a paz ao Iraque", assim como os russos "precisam permanecer na Geórgia para assegurar a paz da Ossétia do Sul e da Abhicázia".
Isso é conversa séria?
Quando a ONU tentou fazer uma Resolução CONTRÁRIA à invasão do Iraque, os EUA tentaram alterá-la, por todos os meios. Por fim, deixaram claro. Com a ONU apoiando ou não, eles iriam invadir o Iraque e permanecer por lá.
Quando os EUA e a Europa protestaram contra a invasão da Geórgia, os russos disseram quase a mesma coisa. Com o resto das nações apoiando ou não, invadiram a Geórgia e permanecerão lá por algum tempo.
Cada um, a seu modo, disse:
"Eu faço o que quero, quando quero e onde quero. Os outros que se danem. O que importa são os MEUS interesses."
Não é à toa que o Irã NÃO quer se sujeitar às potências.
Querem interromper o seu programa nuclear. Os iranianos dizem que o querem apenas "para fins pacíficos". É óbvio que quem domina a tecnologia para fins pacíficos, dominaria, também, para fins belicosos.
Porém, mesmo que eles o estivessem fazendo para fins militares, o que as potências têm com isso?
Elas não têm as suas BOMBAS? Têm e não são poucas.
Por que, então, o Irã não as pode ter?
Porque o Irã é rico em petróleo e não se submete, facilmente, ao que elas querem.
Não que as armas atômicas sejam uma grande coisa. De modo algum. Mas impõe RESPEITO.
Como visto, um país fraco é facilmente conquistado. Já um país forte militarmente "são outros quinhentos".
Invadir o Irã seria muito mais difícil do que invadir o Iraque, a Geórgia, o Tibete e a Palestina, por exemplo.
Então, classificam os iranianos de "terroristas". Não podem continuar com o seu plano nuclear, porque são "terroristas".
Para as potências, o Irã teria de ficar "quietinho" e sem muito poderio militar, sempre a mercê delas.
Como o Tibete fica a mercê da China, por exemplo.
Eles são povos DIFERENTES, com idiomas diferentes.
A China só fincou pé por lá, de 1720 para cá. Em 1912/13, fizeram um Acordo, na India, que a região seria dividida em DUAS.
Uma teria o controle da China e outra do Tibete.
Mas os chineses nunca ratificaram o acordo. Só eles mandam por lá.
Desde 1950, estão "enchendo" o Tibete com chineses. Cada vez mais (Como Stalin fez com a Ossétia e com a Abhicázia).
Ora, se a região tem muitos chineses, é apenas "natural" que a China precise controlar aquela região. Afinal, precisam "proteger os seus cidadãos" (como a Rússia diz sobre a sua intervenção na Geórgia).
Na realidade, pouco se importam com os seus cidadãos.
O que querem, mesmo, é dominar o Tibete, por causa de sua importância ESTRATÉGICA.
No Tibete nascem grandes RIOS asiáticos. Quem dominá-lo, controlará suas nascentes.
O mundo também protesta contra a China.
Mas, assim como Rússia e EUA fazem, o Governo chinês também não dá ouvidos.
Com as nações apoiando ou não, eles continuarão controlando o Tibete.
Da mesma forma, ainda, Israel faz com os árabes e palestinos.
No fim da Primeira Guerra (1914-18), os ingleses tomaram aquela região dos turcos (ou do Império Otomano). Dessa data em diante, até 1948, quando foi fundado o Novo Estado de Israel, os judeus batalhavam muito CONTRA o domínio inglês.
O poderio militar dos dominantes era muito maior e os israelitas NÃO podiam lutar de igual para igual.
Ora, se não podiam de um jeito, lutariam de outro. Passaram a apelar, então, para os atentados e guerrilhas.
Por isso, os ingleses os classificaram como TERRORISTAS.
Veja bem: os habitantes originais de uma região, que lutam contra o domínio estrangeiro de suas terras, são classificados como terroristas.
Coincidência, não?
Os russos chamam os chechenos de terroristas e Israel, agora, também chama os palestinos de terroristas.
São "terroristas" por que não podem lutar de igual por igual e por que querem as suas terras de volta?
Na realidade, Israel deixou de ser dono daquelas terras há muito tempo, desde as rebeliões judaicas contra Roma, no tempo dos apóstolos. Na segunda rebelião, por volta de 130 EC, os romanos deram um NOVO nome para aquelas terras. Chamaram-na de Palestina.
Palestina vem de "Philistia", que quer dizer "terra dos filisteus". Os escritores gregos chamavam aquele local assim e os romanos resolveram adotá-lo em definitivo.
ANTES de Israel se estabelecer por lá, a região era conhecida por "terra de Canaã" ou "terra dos filisteus".
Portanto, se Israel não era mais o dono delas, os romanos a chamaram de "terra dos filisteus (ou Palestina)". Afinal, os filisteus viveram por lá antes dos israelitas e, depois, estavam sempre lutando contra eles.
Quanto à soberania atual da Palestina, tanto árabes como judeus poderiam viver em DOIS estados, conforme a ONU tinha determinado em 1948.
SE os israelitas afirmam que têm direito à terra, porque sempre viveram por lá, os árabes também poderão afirmar isso, pois vivem por lá desde que os judeus foram expulsos, em 130 EC. Assim, os palestinos (ou os árabes que viviam por lá até 1948), moram naquelas terras por mais de 1.800 anos.
Nada contra os judeus nem com nenhuma outra "raça".
Contudo, esses detalhes são históricos, tanto os antigos como os mais atuais.
Assim como a China fez com o Acordo da India, que dividia o Tibete em dois, Israel fez com os palestinos.
Até hoje, controlam o território que a ONU tinha reservado aos palestinos, em 1948.
SE os palestinos os combatem com guerrilhas e atentados, são "terroristas" (mas os israelenses combatiam os ingleses do mesmo modo e não queriam ser considerados assim).
Atualmente, para "proteger os seus cidadãos", Israel entra nos recantos palestinos, invade, mata e arrasa quarteirão, a seu bel prazer, pouco se importando com o que as nações dizem.
Não é parecido com o que os EUA, Rússia, China e outras potências fazem?
Ou é muita coincidência ou são "farinha do mesmo saco".
Até pela Bíblia, se vê que de "povo de Deus", o Estado de Israel atual não tem mais nada (Ezequiel 2:3-5 - Mateus 21:41-43 - Atos 15:14 - Gálatas 3:28,29).
Só existem, politicamente, pelo apoio que os EUA lhes dá.
Hoje em dia, os judeus são apenas e tão somente que nem os outros povos. Nem mais nem menos.
Até suas atitudes são semelhantes!
Fazem as mesmas besteiras de outras potências e agem com os mesmos interesses.
Não devolvem as Colinas de Golã para a Síria, por exemplo, por que lá tem NASCENTES de rios.
Por coincidência, não é o mesmo "motivo" pelo qual a China não devolve o Tibete para os tibetanos?
Então, são atitudes bem "terrenas", que nada têm de "santas".
Porém, é bom que essas atitudes das nações aconteçam e sejam bem divulgadas.
Quem quiser ENXERGAR, verá que "homem tem dominado outro homem para o seu prejuízo" e que "NÃO é do homem dirigir o seu passo" (Eclesiastes 8:9 e Jeremias 10:23).
Poderá enxergar que, pelas atitudes das nações, todas (sem exceção) têm um mesmo PADRÃO e nenhuma delas poderá resolver os problemas da humanidade, de um modo definitivo.
Não é o caso de tempo, de dinheiro, de poder ou de tecnologia. Tudo isso elas já tiveram e têm.
O problema parece residir na "natureza" das pessoas. E todos eles, dirigentes ou povos, são humanos. Como tais, ficam a mercê de suas características humanas e limitados por ela.
Pelo o que foi visto até agora, a solução teria de vir de "um degrau acima" ou de um nível superior à humanidade.
Então, pela divulgação desses fatos, vem a parte boa da coisa.
Por verem que as potências sempre estarão procurando os seus própios interesses e por não verem uma solução por meio delas, as pessoas poderiam perguntar:
SE os homens não têm a solução, quem a terá?
Essa pergunta fará com que a pessoa RACIOCINE mais e seja mais receptiva, quando procuram lhe falar a respeito de um Criador, que sempre esteve e continua presente nos assuntos da humanidade.
Afinal, por melhores que sejam e por mais "boas intenções" que seus dirigentes tenham, as potências não resolverão nada mesmo.
Que dizer então de Deus?
Mas essa é uma outra história.
Abraços!
Braz (ferbranf@yahoo.com.br)
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Edison Filho (156) 17/08/2008 12h56
Edison Filho (156) 17/08/2008 12h56
Caro J Souza, sem desmerecer seus argumentos, mas enquanto vc continuar a tratar a situação da Ossetia como um conflito étnico localizado e não como o que é de fato, uma tentativa da Russia reagir ao cerco imposto pela OTAN enviando um rude recado a seus vizinhos, sua análise continuará "caduca".
Não foi a Russia que deixou a Georgia uma sinuca de bico, foi a Georgia que deixou a Russia sem escolhas. Se os russos se limitassem a protestar, estariam enviando uma mensagem clara a seus vizinhos de que não dispõem de meios para evitar o cerco do Ocidente e o escudo de mísseis.
É ocioso debater direito internacional e história das civilizações diante de um quadro de estratégia militar com armas de destruição em massa. A Russia não enxerga hoje seus vizinhos como povos distintos, mas como futuros aliados da OTAN que podem reduzir em muito sua capacidade de dissuasão nuclear frente ao ocidente. O discurso "lembre-se de Kosovo" é balela dos russos para esconder seus reais propósitos.
O presidente georgiano tem razão quando quer reclamar a soberania de seu território, mas ele só está fazendo isso para assegurar seu ingresso na OTAN, o que ameaça diretamente a segurança da Russia. Se Cuba ousasse tentar fazer o mesmo que a Georgia afirma que fará, os EUA já teriam pulverizado a ilha, pouco importando a "autodeterminação" de Fidel. A Georgia não é santa. Fez uma jogada política na Ossetia e se deu mal, pois quem joga pra valer são Russia e EUA, e o tabuleiro é muito maior.
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Adriano Alves (7) 17/08/2008 11h08
Adriano Alves (7) 17/08/2008 11h08
Sr. J Souza, agradeço pelos elogios e sim o nivel em um debate é essencial para nós participantes e para aqueles que estão acompanhando também.
Quanto a Ossetia o genocidio que o Sr. comparou com o de Kosovo não pode ser levado em conta pelo tempo em si, não importa se o genocidio durou decadas ou não, genocidio é genocidio mesmo que dure apenas um dia. Quando as forças Georgianas partiram para retomar a capital da Ossetia elas romperam com um acordo de paz que a própria Georgia havia assinado. E pode ter certeza que a comunidade internacional não iria fazer nada para impedir isso, afinal trata-se de um aliado do ocidente. O que espanta, assima de tudo, é a tentativa de esconder os massacres cometidos por forças georgianas contra a população da Ossetia durante a ofensiva pela retomada da Ossetia. A Russia não esperou por anos de exterminio nem dias, pelo contrário, a resposta veio rápido e isso parece que incomodou os paises ocidentais. O fato do ataque georgiano coincidir com o inicio das olimpiadas mostra que ja era tudo planejado e calculado. Talvez não acreditassem na resposta russa em plena olimpiada. O presidente Saakashvili levou suas forças a uma derrota premeditada, não ha como a Georgia vencer a Russia e se passar por vítima seria a melhor coisa a fazer.
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Comentarista Brasil (77) 17/08/2008 01h26
Comentarista Brasil (77) 17/08/2008 01h26
O presidente da Geórgia, uma espécie de "Uribe do Cáucaso", não foi apenas ingênuo ao tentar invadir a Ossétia, mas demonstrou ser um verdadeiro "burro de carga" dos yankees.
E a burrice do tresloucado "presidente" foi tão grande que, após certamente ter avisado antecipadamente seu chefe estadunidense sobre a patética invasão, deve ter achado que os USA mandariam suas tropas "caso a Rússia reagisse"...
E não fosse pela lamentável tragédia, tal "visão" do obtuso, insano e demente-funcional "Uribe do Cáucaso" seria apenas cômica, pois a única diferença entre ele e o "nosso" Uribe é que ele tem a Rússia como vizinha. Logo, teve menos sorte.
E que Deus tenha piedade do povo da Ossétia, pois o "policial do mundo" continua se divertindo em seu rancho no Texas.
E viva a Rússia, que "recolocou" o Cáucaso no seu devido lugar.
4 opiniões
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Francisco Braga (16) 16/08/2008 21h03
Francisco Braga (16) 16/08/2008 21h03
A Russia ultimamente vive uma crise de identidade, vivem em uma democracia que infelizmente adaptou os maus da democracia, por isso que botaram putim porque ele comanda com o mesmo braco de ferro que os comunistas comandavam. Depois da "glastnov e perestroika" a grande URSS se desmoralizou com a corrupcao e injusticas. Todos os comentaristas que querem a volta da URSS sao loucos so pra se ter nocao mais 30 milhoes de pessoas morreram na mao de Stalin do que russos que morreram na 2 guerra mundial. O comunismo nao presta, suas teorias sao lindas mas o ser humano lhe tornam corruptas.
De modo algum os EUA entram em conflito com a Russia, os EUA por mais de 45 anos na guerra fria evitaram isso e nao e agora por causa da Georgia o faram. A Russia se preocupa com o escudo de misseis que os EUA estao instalando, no leste europeu contra o Ira e invalido porque a Russia tem varios submarinos da classe "Delta 4" que o alcance de seus misseis nucleares sao de mais 7000km suficiente pra ser lancado de sua costa do mar artico. A Russia infelizmente so esta motrando pro mundo que tem poder de sobra pra domina-lo, naquela linha de pensamento se os EUA pode por que nos nao podemos?
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Luiz Guimarães (9) 16/08/2008 20h54
Luiz Guimarães (9) 16/08/2008 20h54
Sr Bush, a exemplo do Rei da Espanha eu gostaria de manda-lo calar a boca. Va resolver os problemas de seu povo, deixe de se meter no problema dos outros. O Sr. não é o dono da verdade que dirá do mundo. Fica na sua, va se meter na sua vizinhança. 1 opinião
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Robson Conti (13) 16/08/2008 20h47
Robson Conti (13) 16/08/2008 20h47
Do ponto de vista dos que foram mortos, principalmente em se tratando de civis, qual a diferença entre atirar-se aviões (também civis) contra prédios comerciais, como o fizeram os terroristas da Al-Qaeda em Nova Iorque, e bombardear indiscriminadamente com artilharia pesada, incluindo lançadores múltiplos de mísseis "grad", a toda uma cidade, logo após a meia noite, com as pessoas dormindo, sem prévio aviso, sem qualquer indício ou ato que demonstrasse ou desse aos seus habitantes a menor possibilidade de defenderem-se, como o fizeram os militares georgianos a obedecer ordens expressas de seu presidente? E que ainda impediram as equipes de emergência de prestar socorro aos feridos. A retórica e a banalização da violência é atualmente tão disseminada que nem as autoridades russas ou ossetianas aperceberam-se da verdadeira essência e natureza da ação dos militares georgianos e não a denunciaram ao mundo tal qual o é. O presidente georgiano teve atuação similar a um Milosevic e deveria ter o mesmo tratamento. Quanto ao governo Bush, é lamentável que se tenha convertido em combatente do terrorismo islâmico e que, por outro lado, esteja a proteger os terroristas georgianos. sem opinião
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Jefferson Beloti (3) 16/08/2008 20h40
Jefferson Beloti (3) 16/08/2008 20h40
Há um comentário a respeito da segunda guerra, não lembro o nome do leitor. Pareceu-me bastante oportuno ... entretanto é conveniente, na minha opinião, lembrar que a URSS não ganharam, nem de longe, a guerra sozinha.
Eles (URSS) entraram com o sangue.
Os americanos com o aço.
E os Ingleses com o tempo.
Quanto a Georgia. Acho que os Russos realizaram uma operação que impediu um massacre. E não é novidade para ninguém que a verdade é a primeira vítima da guerra. Que nesse caso é também de informação.
Abraços
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Bento Paulo (7) 16/08/2008 20h30
Bento Paulo (7) 16/08/2008 20h30
Olha o comentario do J Souza e do Marcelo Faria e alguns outros mais sabe é ridiculo vc pró united states e UK se quer curva diante de quem desceria a lenha em vc sem dó tudo bem,mas faz o seguinte como foi frisados por varias pessoas estude mais ou como disse um professor certas coisas agente le por que não tem jeito.Vc já viu o quanto a Ex-URSS ou Rússia de hoje é alfabetizada e o Brasil em educação em.Vc estar de um ou outro lado tudo bem é sua vontade agora falar inverdades é sofisma ou falta de conhecimento. Diz um ditado o ignorância pesa mais do que a terra,eu tenho um sonho mas olhando do povo é preciso de muita gente inteligente p colocar esse país onde ele merece,mas tem pouca gente assim. a notar pelo monte de comentarios que nunca condiz com a realidade.Num foi engraçado chamar a Rússia de imperialista. E dizer que devemos a liberdade aos EUA é bricadeira eu devo a minha liberdade a qualquer héroi que foi lutar com a intesão de mellhorar o mundo sem distinção de nação ou pessoa.E a Rússia e a mim mesmo.Se deve sua liberdade aos americanos vc tá frito eles vão te cobrar ela a peso de ouro e sangue e submissão se vc gosta de bajular certos espécimes de lixo ai é outra História.Muita gente andou comentado erros de portugues até ri, pior muita gente le palavras,frases textos enormes e não entende nada. Acorda é preciso ler idéias e pior textos microscópicos se não vc simplismente vc não sabe muita coisa é como muitos politicos prescisa de texto p discursar péssimo. 2 opiniões
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Sergio Junior (1) 16/08/2008 18h58
Sergio Junior (1) 16/08/2008 18h58
As coisas podem começar a se complicar a partir de agora, pois o imperialismo norte-americano, ja esta novamente se chocando com os interesses russos, estamos na iminencia de uma nova guerra Fria, dessa vez com poderes ainda mais destrutivos, e o mundo não esta preparado para superar uma terceira Guerra Mundial sem opinião
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Elvis padilha (1) 16/08/2008 17h56
Elvis padilha (1) 16/08/2008 17h56
se for ver historia... os EUA patrocinou inglaterra, paises do ocidente. mas Alemanha nao iria declara guerra diretamente a inglaterra. so foi realmente declarado depois que a polonia foi invadida.. e os sovieticos tambem invadiram a propia polonia. e dai EUA veio após.. eles sabem aproveitar o que tem... ate hoje tem o poder.. sem opinião
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Perdão Sr. J Souza, por errar o seu nome...Mas minha afirmativa continua sem opinião
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