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Conflitos na Geórgia

O conflito entre a Rússia e a Geórgia eclodiu na noite da última quinta-feira (7), quando o governo georgiano lançou um cerco à Ossétia do Sul --que proclamou independência em 1992--, enviando tanques para a região separatista na tentativa de retomar o controle do local. Em resposta, a Rússia --que apóia a Ossétia do Sul-- tem bombardeado a Geórgia.


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Comentários dos leitores
rosana souza (5) 07/09/2008 14h54
rosana souza (5) 07/09/2008 14h54
Será que as preocupações são com as vítimas de uma guerra ou seria somente uma disputa de poderosos: EUA X Rússia. 5 opiniões
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Robson Conti (13) 05/09/2008 14h49
Robson Conti (13) 05/09/2008 14h49
Senhor Moderador,
Segue restante do comentário anteriormente enviado (não sei se o mesmo foi recebido na íntegra).
Novamente agradeço.

Pode-se perguntar ainda qual a diferença entre a mesma ação russa declarada inadmissível pelo atual governo estadunidense e a invasão de Granada em outubro de 1983 por tropas de ninguém mais ninguém menos que os próprios Estados Unidos (!) para alegadamente proteger, também "preventivamente", estudantes americanos de serem feitos reféns. Creio que a resposta, evidente, seria algo que no fim das contas teria como significado que "nós somos bons, estamos sempre certos e podemos fazer qualquer coisa, mesmo as que são inadmissíveis para os outros que não são nossos aliados ou capachos".
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Robson Conti (13) 05/09/2008 14h44
Robson Conti (13) 05/09/2008 14h44
Senhor moderador,
Solicito a sua gentileza e a especial atenção em permitir a publicação do artigo em sua íntegra, tendo em vista o mesmo conter uma seqüência de exposições que não pude exprimir dentro do limite de 1500 caractéres.
Antecipadamente agradeço.
Pode-se perguntar à diplomacia estadunidense qual a diferença entre a ação militar russa para proteger a vida e a integridade física de pessoas (civis ou militares, não importa, eram pessoas - e se eram civis a situação é ainda mais séria) na Ossétia do Sul, desrespeitando fronteiras internacionalmente reconhecidas, da Geórgia neste caso, e a ação militar turca que desrespeitou as fronteiras internacionalmente reconhecidas de Chipre em julho de 1974, que lá instalaram a República Turca de Chipre do Norte, atualmente reconhecida apenas pela própria Turquia e que tem como hino nacional o próprio hino turco! Ambos, russos e turcos justificaram tê-lo feito para protegerem a cidadãos seus, porém do ponto de vista da diplomacia do governo estadunidense, a diferença é total: afinal os turcos são importantes aliados militares e os russos uma potência rival. Só. Se bem que no caso da Ossétia do Sul milhares de pessoas haviam sido barbaramente mortas em poucas horas e em Chipre a invasão foi "preventiva". Mas nada disto importa, afinal a Rússia é rival, isto é, ruim, e a Turquia é aliada, isto é, boa, não é? Pode-se perguntar ainda qual a diferença entre a mesma ação russa declarada inadmissível pelo atual governo estadunid
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Onde está a hiperpotência, a única superpotência? Os EUA demonstraram quão vazias são as suas pretensões aos títulos citados, pois além das más notícias na área econômica que vêm enfrentando, e da grande distância em relação à China nas Olimpíadas, sofreram uma enorme humilhação política, diplomática e militar nas mãos da Rússia, com a devastadora reação militar desta à tentativa da Geórgia, aliada dos americanos, de retomar o controle sobra a Ossétia do Sul.
Para começar, foram pegos completamente de surpresa. Onde estavam a CIA e o restante dos órgãos de inteligência americanos?
A diplomacia dos EUA reagiu com extrema timidez. A Secretária de Estado americana não teve coragem de ir até Moscou. Se limitou a ir à Geórgia, para demonstrar apoio ao irresponsável presidente daquele país.
Como explicar que o Pentágono, depois de décadas se pavoneando como invencível, não têm condições de enfrentar a Rússia no quintal dela?
Pouco antes da guerra entre a Rússia e a Geórgia, tinham sido realizadas neste último país, com a participação também da Ucrânia, da Armênia, do Azerbaijão e dos Estados Unidos, manobras que foram intituladas Resposta Imediata 2008. Cadê a resposta imediata?
Quem deu uma resposta imediata foi a Rússia, que em poucos dias destruiu o poder militar da Geórgia, ocupou um terço desse país, mostrou quem manda na Ásia Central e no Cáucaso e, de quebra, humilhou os Estados Unidos, a União Européia e a OTAN.
Bem vindos ao novo mundo multipolar.
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sandro coelho (3) 03/09/2008 12h55
sandro coelho (3) 03/09/2008 12h55
Nova guerra fria ou terceira guerra mundial.
Temos assistido na televisão 2 fatos de alta relevância na comunidade internacional que põe em cheque a convivência pacífica entre a Rússia os Eua e União Européia.
A crise do escudo antimíssil - Os Eua querem construir bases militares na Polônia que terão mísseis para interceptar um ataque nuclear em seus primeiros estágios derrubando os mísseis lançados por inimigos.Os Eua dizem que é uma ação contra o Irã e Coréia do Norte.
Os russos não aceitam e nunca vão aceitar um escudo norte americano em suas proximidades, porquê apesar da guerra fria ter acabado os dois países Eua e Rússia são as maiores potencias nucleares e existe um equilíbrio de dissuasão ainda ou seja com poderes equivalentes nem a Rússia atacaria os Eua e nem os Eua atacaria a Rússia por medo de uma guerra nuclear. Mas o escudo antimíssil muda esse equilíbrio contra a Rússia.
Como o escudo antimíssil muda o equilíbrio contra a Rússia?
Digamos que os estados unidos ataquem a Rússia por algum motivo após a construção do escudo, a Rússia seria obrigada a reagir lançando mísseis intercontinentais na Europa e na América, mas o escudo antimíssil atrapalharia a resposta soviética.De forma que os Eua estariam estrategicamente mais fortes e o equilíbrio de forças favorecendo o ocidente.
Conclusão:
Como estrategicamente a Rússia estará desfavorecida ela tentará restabelecer o equilíbrio através de ações que possam neutralizar o escudo e é natural que a Rússia não aceite a cooperação polonesa.Então os dois lados não entrarão em acordo pois aí está em jogo a sobrevivência dos dói países.
A guerra da Ossétia do sul na Geórgia - A Ossétia quer se separar da Geórgia e por isso aconteceu uma guerra a Rússia se envolveu apoiando a independência da Ossétia do Sul mandando militares combaterem Georgianos e reconhecendo a independência da região.
Na Onu quando ocorre um conflito como esses o conselho de segurança se reúne e decide que ações tomar para finalizar o conflito. Neste caso a Rússia agiu antes das negociações no conselho por isso ele se tornou um terceiro culpado perante a lei internacional.
A União Européia e os Eua repudiaram a independência da Ossétia e pediram a Rússia para voltar atrás, mas ela não voltou então começaram as ameaças:
Europa:
-Sanções econômicas contra a Rússia
-Rompimento de acordos contra a Rússia
Eua:
-ameaçaram se retirar do acordo nuclear com a Rússia
-Sanções econômicas
-envio de soldados para a região
Rússia:
-Aliança com o Irã
-Sanções aos Eua e Europa
-isolamento global
-Apontar mísseis nucleares para a Europa.

Os dois cenários.
1 segunda guerra fria:
A Europa e os Eua podem realmente fazer um bloqueio econômico contra a rússia e aliados, A Rússia em resposta cancelaria qualquer negocio com o ocidente, pode haver rompimento de relações diplomáticas e aí os militares das potencias são chamados a elaborarem planos contra ataques inimigos.Isso levaria a novos testes nucleares nas três potencias criação de planos para responder a ataques reforço militar, a Rússia realmente apontaria os mísseis para a Europa e a ameaçaria, além de ajudar terroristas e países como Irã a conseguir suas bombas nucleares.Estaríamos em uma guerra fria com a seguinte divisão
Eua e União Européia x Rússia China Irã
2 terceira guerra mundial.
Após o começo da construção do escudo antimísseis na Polônia a Rússia invadiria a Polônia os Eua por causa do acordo dos escudos declarariam guerra a Rússia, a Polônia faz parte da União Européia e por isso a Europa declararia guerra a Rússia, a China tentaria permanecer neutra em primeiro momento assim como a América latina, mas o alinhamento do Japão com os Eua atrairia a China para o lado Russo em alguma época do conflito.
De inicio seria uma guerra "normal" A Europa mandaria soldados para expulsar os Russos da Polônia Soldados dos Eua no Iraque invadiriam o Irã talvez Israel declarasse guerra a Síria pelo controle do petróleo do oriente que seria crucial para manter a guerra.
Do lado Russo: A Rússia teria como alvo a bacia de petróleo no mar do norte para isso teria que invadir a Finlândia Suécia e Noruega e uma batalha aero naval contra as forças inglesas no mar do norte. A Rússia mandaria soldados para ajudar o Irã para conseguir o controle dos poços do oriente médio prometendo invasão a todos os países da região que não se alinharem a Rússia.A A Rússia também lançaria um ataque pela Ucrânia para conquistar o petróleo da Romênia.
Em uma segunda etapa começaria uma guerra aérea entre as forças aéreas bombardeando as principais zonas industriais inimigas
Os Eua bombardeariam:
Zona industrial de Karkiv na Ucrânia
Zona Industrial de Moscou na Rússia
Zona industrial de Cheliabinsk Rússia
Novosibirk
E Zonas industriais da china e índia
Do lado russo eles bombardeariam:
-Bucareste
-suíça
-Praga
-Viena
-Milão
Zona de Frankfurt
Zona de Amsterdã
Zonas industriais de Londres e Leeds
E Madri.
Em um terceiro estagio haveria o lado que ganhasse as batalhas iniciais começaria a invasão país por país até a conquista total do adversário principais alvos de invasões:
Polônia, Alemanha, França, Ingalterra, Espanha, Portugal, Rússia, Turquia, Ucrânia, Finlândia, Suécia, Noruega, Índia, Oriente médio, China, Paquistão, Japão.
O LADO QUE PERDESSE A GUERRA CONVENCIONAL CASO TIVER CONDIÇÕES REALIZARÁ UM ATAQUE NUCLEAR TOTAL PARA DESTRUIÇÃO DOS SEUS INIMIGOS INCIANDO ASSIM UMA GUERRA NUCLEAR ENTRE A OTAN E O ORIENTE. NESTE CASO TODAS AS GRANDES CIDADES DO MUNDO SERÃO DESTRUÍDAS, O MEIO AMBIENTE SERÁ AFETADO DE TAL FORMA QUE NÃO HAVERÁ RETORNO E HAVERÁ EXALSTÃO DE FORÇAS DOS DOIS LADOS. APÓS UM ALTO GRAU DE DISTRUIÇÃO JAMAIS VISTA UM DOS LADOS SE RENDERÁ.
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO QUE SE MANTEREM NEUTROS ATÉ O FIM DESTE DESTRUIDOR CONFLITO PODE ASSUMIR O PODER GEOPOLÍTICO E ECONÔMICO MUNDIAL POR ISSO É IMPORTANTE A TOTAL NEUTRALIDADE BRASILEIRA CASO CHEGEMOS A ESTE PONTO.
Final:
Acho pouco provável uma terceira guerra mundial pois os dois lados sabem como esse conflito certamente termina então é mais provável uma segunda guerra fria onde os lados se preparam para uma invasão futura do inimigo.
27 opiniões
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Heleno Freire (3) 02/09/2008 23h20
Heleno Freire (3) 02/09/2008 23h20
Todos aqueles que quiseram mandar no mundo foram derrotados. Os EUA não aprenderam com a história,apesar de lflagorosas derrotas mundo afora. Perderam no Vietnan, não ganhram a guerra da Coreia, perderam na Baía dos Porcos-- Cuba -- se deram muito mal no Líbano que de uma só vez perderam quase trezentos militares, no Iraque não conseguiram deter meia duzia de guerrilhueiros. Fazer guerra no cinema é muito fácil, esse império maléfico está com os dias contados, a menos que os novos presidentes mudem sua política internacional.
Heleno Freire --Recife PE
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Edison Filho (156) 02/09/2008 12h50
Edison Filho (156) 02/09/2008 12h50
E sobre o avanço da OTAN nos países vizinhos da Russia, caro J Souza, sinceramente não sei se ter todos aqueles mísseis apontados para o seu território seja a melhor estratégia para o bem de seu povo no futuro. É claro que a grana do Ocidente é muito bem vinda, mas ela não compra segurança. Só posso lamentar que as lideranças dos países da região estejam em mãos tão ineptas. Pelo visto, a única coisa capaz de assegurar sua segurança vai ser a boa vontade dos russos agora.
Já sobre desenlaces posteriores, me parece óbvio que vai haver mais aproximação entre China e Russia, não por afinidades ideológicas (na verdade a desconfiança mútua ainda é grande), mas práticas: ambos estão na mira da OTAN, e os chineses não precisam ser gênios pra descobrir que, depois de cercar a Russia, eles serão os próximos. Quem acha que a recente "condenação moral" dos chineses aos russos é séria deveria ter visto a manchete do novo acordo de exercícios militares conjuntos na fronteira dos países. Os neocons americanos só falaram disso nos últimos dias. Sem esquecer o fato de que Putin avisou os chineses com antecedência da ação russa, mas ninguém no Ocidente ficou sabendo.
Em suma, está claro para o Ocidente 2 coisas:
1) a expansão da OTAN foi exagerada e levou ianques e europeus à saia justa de ter de reconhecer sua absoluta incapacidade de proteger esses "novos membros" de agressões futuras.
2) o reconhecimento de Kosovo foi um erro crasso, que pode custar ainda mais caro no futuro.
Sds
48 opiniões
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Edison Filho (156) 02/09/2008 12h34
Edison Filho (156) 02/09/2008 12h34
Sinceramente não sei o que a UE vai fazer agora, mas uma coisa é certa: ela nunca mais vai permitir que os EUA tomem atitudes unilaterais de expansão da OTAN, pois quem vai sofrer as consequências diretas são os europeus, que dependem e muito dos russos. Vários líderes europeus já perceberam que o papel de lacaio dos EUA, além de desconfortável perante a opinião pública em casa, também está ficando perigoso fora. Se a UE tiver bom senso, bota um freio na OTAN e na ambição os ianques de serem a única força militar a proteger a Europa. Mas a única forma de fazer isso é criando um exército europeu, algo ainda bem distante da realidade.
Mas numa coisa concordo contigo: a Russia não vai recuar no reconhecimento da independência das províncias. E isso vai valer como recado aos demais países da região que insistirem em seguir o mesmo caminho da Georgia. É ridículo imaginar que a OTAN fará alguma coisa para proteger outras lideranças ineptas que queiram desafiar assim a resolução da Russia. Nada vai acontecer por enquanto, é aguardar as eleições dos EUA e da Ucrânia no próximo ano. Pelo bem da humanidade, espera-se que o próximo presidente americano, quer seja McCain ou Obama, não vá repetir os erros da administração Bush. Eu sinceramente estou otimista, pois os dois candidatos demonstram, ao menos por sua história, confiar muito mais no seu bom julgamento pessoal do que em assessores amalucados e relatórios forjados da CIA. A Georgia foi o ocaso de Bush. Vire essa página, acabou.
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Edison Filho (156) 02/09/2008 12h20
Edison Filho (156) 02/09/2008 12h20
Caro J Souza
Uma coisa é eu não admitir que vizinhos indesejáveis voltem a pisar na minha casa, outra bem diferente é eu convidar os inimigos deles a instalar mísseis no meu quintal para ameaçá-los. Não é preciso ser gênio pra ver a diferença. Se vc não entende, pergunte a Kennedy qual é. Ele "explicou" a diferença a Castro em 62. E Castro entendeu. Se Saashkavili não entende, acrescentemos "burro" às suas já comprovadas qualidades de "oportunista", "falastrão" e "irresponsável".
O fato da Georgia não gostar dos russos e ser dona legítima da Ossetia e da Abkhazia NÃO JUSTIFICA ela se aliar à OTAN e assim ameaçar a Russia. Ela o fez por usa própria conta e risco. Vc sabe muito bem que a agresso militar de Saashkavili na Ossetia não foi uma reação a ações separatistas. A Georgia teve sua entrada na OTAN RECUSADA ano passado porque era considerada "instável e não-soberana sobre seu território" em razão da declaração de independência dos ossetas e abkhazes. Saashkavili tomou essa atitude desastrosa não para proteger seu povo de ataques russos, mas sim para assegurar a soberania georgiana na região e assim eliminar os entraves que impediam sua entrada na OTAN.
Em suma, um líder que atira contra seu próprio povo (relembrando que, como vc mesmo afirma, ossetas e abkhazes SÃO georgianos tb) apenas para levar a cabo seu projeto de amedrontar a Russia com apoio da OTAN. Que belo exemplo de liderança! É compreensível a "simpatia" que esse sujeito inspira no mundo ocidental..
[]s
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Comentarista Brasil (77) 02/09/2008 08h59
Comentarista Brasil (77) 02/09/2008 08h59
Discutir idéias e posicionamentos diferente é até bom, pois "a discussão é o fermento da sabedoria". Mas ver gente achando que está lecionando para alunos do primário em um fórum de debates como este (insistindo no paradoxo "capitalismo/comunismo", falando em "20 milhões de assassinatos", etc.) é algo desolador, o que somente desestimula o debate. 3 opiniões
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J Souza (165) 02/09/2008 04h57
J Souza (165) 02/09/2008 04h57
Minha opinião e não sei se você concorda, Edison Filho, é que nem por toda a pressão do mundo a Rússia vai voltar atrás no reconhecimento das duas regiões separatistas, até por razões de política interna. Seria um abalo na imagem de Putin e seu afilhado Medvedev. Devem construir bases navais e militares lá. Por outro lado esse recado firme que a União Européia deu ontem e a dura posição dos EUA, além do desconforto claro da China, vão refrear as intenções neo-imperialistas russas sobre as que eram as próximas vítimas de sua política neo-czarista nacionalista - como definiu bem a reportagem da Folha hoje. Além disso, a União Européia vai acelerar e facilitar a integração da Ucrânia, Moldávia e Geórgia, sendo que a OTAN, que vinha evitando a entrada da Geórgia até o começo deste ano, agora está também acelerando sua inclusão na organização. É claro que é muito difícil visualizar o que será a situação daqui a 5 anos, mas podemos entrever que Rússia fica com Ossétia e Abkházia enquanto que Ucrânia e Geórgia (Moldávia?) estarão 'do outro lado'. À primeira vista, Rússia não teria muito ganho externo (territorial) mas teria sim fortalecida a posição política interna de Putin. Já o falastrão georgiano, me parece teria atingido seu objetivo: entrar na OTAN e UE. O que você pensa a respeito? 3 opiniões
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J Souza (165) 02/09/2008 04h40
J Souza (165) 02/09/2008 04h40
Quanto à OTAN e União Européia, esses países que antes sofriam sobre o massacre comunista soviético, aprenderam a lição e não querem nunca mais voltar a ser colonizados, assassinados nem terem sua religião reprimida como foram durante quase 70 anos. Então esses países ditos 'orientais' mas que têm cultura ocidental como Ucrânia, Moldávia e outros do Cáucaso não estão 'passivos' ou 'quietos' na situação. Seus governos legalmente constituídos estão pedindo ativamente e sem cessar que seus países sejam incluídos na OTAN e/ou União Européia. Vamos refletir: meu vizinho entra no meu quintal sem ser convidado e toma tudo o que é meu, coloca amigos dele para gerir minha casa, se eu reclamo vou preso ou mesmo morto. Depois de 70 anos, eu finalmente consigo expulsar esse vizinho da minha casa. Vou querer ele de volta? Nunca mais mesmo. Quero mais é prosperidade econômica, estabilidade política e que me deixem gerir minha própria casa. Onde encontro isso? Na Rússia ou na União Européia? A expansão da União Européia portanto é bem vinda por esses países e seus povos. Os russos tiveram um a grande oportunidade de ouro para mostrar ao mundo um novo modo de governo, mais igualitário, voltado para o proletariado. O que fizeram foi jogar essa esperança no lixo junto com 20 milhões de assassinados. Perderam a oportunidade de se apresentar ao mundo como um contraponto saudável às democracias ocidentais. Ninguém os quer, exceto quem está suficientemente longe deles, como Cuba e Venezuela. 5 opiniões
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J Souza (165) 02/09/2008 04h26
J Souza (165) 02/09/2008 04h26
Olá Edison Filho. A situação entre Tchecoslováquia em 1938 e Geórgia em 2008 pode ser comparada nos seguintes aspectos: (a) Ambos países nada fizeram para sofrer uma agressão externa, (b) Ambos países tinham (tem) importantes minorias étnicas em suas fronteiras, (c) Ambos países sofreram interferência externa que radicalizou o separatismo dormente. O que diferencia é que enquanto Benes decidiu não responder ao entreguismo de Munique com guerra, a Geórgia decidiu retomar seu território, historicamente georgiano desde 2.000 anos. Será um erro tático de conseqüências nefastas se os países agora não reagirem à essa manobra de anexação ilegal da Rússia. Quanto a essa dicotomia entre ocidentais e orientais, nesse mundo multipolar como você muito corretamente observou não existe isso. Todos os países relevantes ocidentais E orientais - inclusive China (mais oriental que a China, impossível), estão ou contra ou preocupados com esse precedente russo. Quem atacou primeiro, não foi a Geórgia. Foi a Rússia que armou separatistas e enviou paramilitares russos desde 1991 para radicalizar esse conflito que podia muito bem ser resolvido de modo pacífico. Inclusive o primeiro presidente da Abkházia era um moderado que pedia apenas maior autonomia à Geórgia. Não era um separatista, portanto não servia aos interesses russos e foi afastado em favor do atual presidente, que nem cidadão georgiano é, mas sim russo. Mais um pouco vamos por um cidadão argentino para governar o Rio Grande do Sul. 5 opiniões
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Edison Filho (156) 01/09/2008 23h49
Edison Filho (156) 01/09/2008 23h49
Com todo respeito J Souza, comparar a situação da Georgia com a Tchecoslaváquia de 38, além de risível, é uma afronta à história de um país que nada fez para sofrer uma agressão externa, algo bem diferente da situação atual. Que espécie de política de "apaziguamento" ocidental é essa que prevê "apenas" inutilizar os sistemas de defesa da Russia?
"Pacifistas" como Halifax e Chamberlain cometeram de fato muitos erros de julgamento em 38-39, mas compará-los a Bush e aos omissos líderes da UE é ultrajante sob qualquer ponto de vista. ELES NÃO PROVOCARAM A GUERRA.
Os russos estão assistindo passivos à expansão da OTAN debaixo de suas barbas há quase 20 anos. A guerra civil na Georgia acabou em 1992 e desde então não se ouviu uma única notícia de ataques russos na região. O que vc está argumentando é que, de repente e sem nenhuma provocação, a Russia resolveu romper a paz após ter insuflado o separatismo por todo esse tempo (engraçado como os georgianos nunca reclamaram disso antes). Os fatos dizem o contrário. Quem atacou primeiro foi a Georgia, de forma irresponsável e incompetente por sinal.
É preciso deter a Russia? Claro. E quem vai deter a OTAN e suas "políticas de apaziguamento" mundo afora? O que vc está defendendo basicamente é: nós ocidentais fazemos o que queremos, vcs orientais aceitem quietos ou vamos "apazigua-los". É uma vergonha. A Russia foi a maior aliada dos EUA na "guerra contra o terror" e é assim que é recompensada: com um tapa na cara. E ai dela se chiar.
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J Souza (165) 01/09/2008 14h02
J Souza (165) 01/09/2008 14h02
Olá Edison Filho. Me diga onde comparo Shashkvili com Benes. Não comparo, portando não cabe sua afirmação do absurdo. Apenas comparo as situações históricas. A Geórgia de hoje é a Tchecoslováquia de 1938. A política de apaziguamento ocidental só ganhou o desprezo de Hitler e Stálin e alienou diversos países que ao verem a fraqueza política ocidental, se bandearam para o lado fascista. Hoje, ou os países reagem e fazem a Rússia entender a única linguagem que compreende: a força, ou haverá um efeito dominó em todos os países da região do Cáucaso com prejuízos para a estabilidade de toda a Ásia Central e inclusive a China, esta última não está gostando nada dessa anexação russa sorrateira. A Rússia com sua desestabilização planejada dessas duas etnias na Geórgia, está causando muito mais mal do que bem ao mundo. O pacto tripartite entre França, União Soviética e a Tchecoslováquia não era um acordo de paz, como disse. Pelo contrário, previa o envio de tropas e apoio militar no caso em que a Tchecoslováquia fosse atacada. Nem a Geórgia tem mísseis apontados para a Rússia, nem a Tchecoslováquia tinha tropas soviéticas em seu território. Ambos os países praticaram seu direito soberano de assinar acordos para proteção de seu território. Quem está dentro do território georgiano são os russos e não o contrário. Logo, os georgianos tem o direito legal de expulsar tropas estrangeiras que invadiram seu território. A complacência com a Rússia só aumentará a ambição desse país. 7 opiniões
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J Souza (165) 01/09/2008 13h41
J Souza (165) 01/09/2008 13h41
Eu gostaria de entender melhor por que o Uribe da Colômbia é chamado de idiota e boçal aqui abaixo. 1. Porque ele é aliado dos EUA e automaticamente todo aliado dos EUA é idiota e boçal? 2. Porque ele está conseguindo acabar com aqueles narcotrficantes disfarçados de guerrilheiros esquerdistas, as FARC? Porque ele tem 90% de aprovação popular de seu povo para acabar com os seqüestros, mortes, violência, trafico de drogas promovidos pelas FARC? Mas se a política de Uribe, reeleito pelo voto democrático como Chavez, é apoiada por 90% de seu povo, então quer dizer que todo o povo colombiano é idiota e boçal? Não entendi... alguém me explique por favor. 5 opiniões
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Leo Raifur (1) 01/09/2008 01h27
Leo Raifur (1) 01/09/2008 01h27
Gente, simples e claro como a água. EUA e aliados reconheceram a independência de Kosovo, qdo Moscou se opunha. Depois EUA estabelece o acordo com a Polônia para instalação do escudo anti-míssiveis, qdo Moscou declaradamente era contra. Truco por truco, então 6!!! Claramente está se desenhando uma nova estrutura de divisão de poder no mundo..., onde cito 4 reclamantes potenciais: EUA, CE, Rússia e China.
...mas vai ficar na diplomacia, se não...
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Irineu Ramos (2) 01/09/2008 01h22
Irineu Ramos (2) 01/09/2008 01h22
Comentar o que se passa hoje na Geórgia apenas pelo impulso emocionado quer de um aficcionado pela esquerda saudozista ou de um aficcionado pela direita miope é perigoso.
Para entendermos todo o contexto, há necessidade de uma análise criteriosa que envolve todo o caráter histórico e geo-politico da região em questão.
A Rússia de há muito influência e submete a região do cáucaso, quer pela ocupação militar ou orientação política .
É fato que com séculos de dominação, e nem sempre é necessário tanto tempo assim, que cidadãos russos passaram a ocupar e a explorar esses territórios.
O que se passa na Geórgia hoje é o reflexo esperado dessa ocupação territorial e economica, que agora é também militar.
Não é só lá que esse tipo de ocupação, territorial e economica, esta ocorrendo, pois, há enclaves Russos em outras partes da antiga União Soviética.
Por isso mesmo, não vejo a ação militar como vingança ou saudozismo do poderio da antiga União Soviética.
Assim, é FATO: Desde o colápso da União Soviética os Estados Unidos vem de uma maneira ou de outra provocando os Russos.
Nação belicista que é os EUA não podem se manter muito tempo sem que haja um conflito de grandes proporções ou a manutenção de um estado de alerta, que justifique amplos investimentos na área de defesa, como se fez na chamada "GUERRA FRIA".
Herdeira de um arsenal nuclear fabuloso a RUSSIA é o inimigo ideal e porque não dizer tradicional dos EUA, muito embora entre ambos NÃO tenham trocado tiros seriamente
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David Alves (3) 31/08/2008 23h53
David Alves (3) 31/08/2008 23h53
É triste ver a grande mídia totalmente parcial nesse conflito, o "Ocidente" , tão inocente e puro, foi quem desafio a Rússia. Moderador delete esse também viu. 6 opiniões
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Bernardo Nazareth (30) 31/08/2008 22h42
Bernardo Nazareth (30) 31/08/2008 22h42
O que está ocorrendo, sem meias palavras, na Geórgia é reflexo da demonstração de força dos EUA no Kosovo, através das "forças de paz" da OTAN, o que foi considerada uma agressão pelo governo russo, já que a Sérvia é sua aliada. Então, meses depois, a Rússia apóia o processo separatista da Ossétia do Sul e demonstra força também, com seu próprio exército, prejudicando um aliado dos EUA, a Geórgia. 24 opiniões
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