O vereador Carlos Neder (PT), coordenador do capítulo de saúde do plano de governo do prefeito eleito Fernando Haddad (PT), divulgou ontem um vídeo para rebater as acusações feitas durante a campanha de que o petista pretende acabar com as organizações sociais.

Segundo ele, qualquer alteração do modelo de parceria com essas entidades depende de aprovação da Câmara Municipal, porque as regras da relação da prefeitura com as organizações estão estabelecidas em lei.

Hoje, grande parte do atendimento básico da área da saúde é feito por organizações sociais ligadas a universidades e hospitais, como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Santa Marcelina.

Neder afirmou que Haddad não é contra as organizações sociais e que o partido não pretende acabar com essas parcerias. Segundo ele, o que será feito é estabelecer um maior rigor na fiscalização.

"Isso criou um clima de terror e acabou contaminando um debate sobre saúde, que deveria ser muito mais em torno do modelo de saúde."

Neder é cotado para o secretário de Saúde de Haddad.

O programa de governo de Haddad fala em "retomar a direção pública da gestão regional e microrregional do sistema municipal de saúde".

Isso não significa que haverá rompimento dos contratos, mas a proposta retira parte significativa da responsabilidade das entidades.