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Especial 

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Análise

Eleito terá de tomar medidas já na transição de governo

EVANDRO SPINELLI

DE SÃO PAULO

Em 1º de janeiro, Fernando Haddad assumirá a cadeira principal do quinto andar do Edifício Matarazzo com questões urgentes a resolver.

As enchentes são recorrentes, o trânsito é caótico, o transporte público tem problemas, a saúde é alvo de muitas reclamações e dezenas de milhares de famílias reclamam de falta de creches.

No primeiro mês de mandato, ou até antes, na transição de governo, Haddad terá de tomar medidas para viabilizar duas de suas principais promessas de campanha.

Em janeiro, começa o prazo para os motoristas fazerem o agendamento da inspeção veicular. O prefeito eleito prometeu extinguir a taxa, que será bancada pela prefeitura.

Hoje, para conseguir agendar o serviço obrigatório para todos os veículos, é preciso pagar a tarifa de R$ 44,36.

Ontem, Haddad já afirmou que só em janeiro vai mandar projeto de lei para a Câmara para tratar do assunto. Assim, a promessa vai ficar só para 2014, no mínimo. Quem votou no petista pensando em não pagar a taxa vai ter de esperar pelo menos mais um ano.

Também costuma ser em janeiro o reajuste da tarifa de ônibus. Haddad não falou sobre o assunto durante a campanha, mas é preciso decidir rapidamente sobre o reajuste sob pena de ver disparar o valor dos subsídios, que atingirão o valor recorde de R$ 821 milhões neste ano.

O Bilhete Único Mensal, outra promessa de campanha, igualmente vai ficar para 2014 -também depende de aprovação na Câmara.

Outra medida urgente será fazer a licitação do novo sistema de transporte coletivo -os contratos das atuais empresas e cooperativas vencem em julho. Ele precisa começar a trabalhar nisso já.

Também não se pode esquecer que Haddad assumirá em pleno período de chuvas, que impõe à cidade enchentes, deslizamentos e apagões em semáforos.

Para resolver tantos problemas, falta dinheiro. A cidade tem uma dívida considerada impagável que consome cerca de 10% da receita.

Haddad pretende usar sua boa relação com a presidente Dilma Rousseff para renegociar a dívida e, com isso, conseguir mais recursos para investimentos na cidade.

O petista venceu a eleição deixando claro que tomará medidas duras para ter mais dinheiro para investir. Entre elas, criar sistemas de avaliação de custos para tentar reduzir as despesas de custeio, que subiram mais de 40% entre 2007 e 2011.

Haddad terá quatro anos para melhorar as condições de vida em São Paulo. Mas São Paulo não vai esperar nem um dia para começar a cobrá-lo por essas mudanças.


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