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Eleito em Fortaleza derrota PT, mas defende Dilma-2014

Roberto Claudio (PSB) evita rusgas com a presidente, mas diz que sigla adversária não entrou em contato nem para cumprimentá-lo

PAULO PEIXOTO

ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

Eleito prefeito de Fortaleza em vitória apertada sobre o PT, Roberto Claudio (PSB), 37, defendeu ontem, em entrevista à Folha, a reeleição da presidente Dilma Rousseff com o apoio de seu partido.

O prefeito eleito também disse esperar uma transição "tranquila", apesar da necessidade de negociação com o grupo da prefeita Luizianne Lins (PT), refratário ao PSB.

Só com a transição ele saberá o que vai herdar do PT, que deixará o comando de Fortaleza após oito anos de administração.

"A primeira coisa é buscar o diálogo para a transição. A gente só tem acesso às informações reais de como estão as finanças se fizermos essa transição agora", afirmou ele. "Isso, na verdade, não é nenhum favor, é imposição legal de uma democracia amadurecida", completou.

SILÊNCIO PETISTA

Até a tarde de ontem, segundo Claudio, ninguém do PT havia entrado em contato para cumprimentá-lo pela vitória ou discutir a transição.

Na campanha, Luizianne trocou ataques duros com os irmãos Gomes, o governador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes, ambos do PSB e padrinhos do socialista.

Questionado se o fato de Dilma precisar do PSB em 2014 em eventual reeleição apagaria diferenças abertas com o PT nesta campanha, ele disse que "nunca houve diferença com a Dilma".

"Nós apoiamos a Dilma. Eu tenho profundo respeito por ela, que faz um belíssimo governo. Tenho defendido também com o governador que o PSB em 2014 continue apoiando um projeto que é vencedor e está sendo bem aceito pela população", afirmou ele sobre a presidente.

Claudio disse estimar investimentos de R$ 2,5 bilhões em sua gestão -mas só metade desse valor em recursos próprios. Os outros 50% espera obter com empréstimos federais e parcerias com os governos Cid e Dilma.

Uma das principais críticas feitas pelo PT durante a campanha é que o governo de Cid Gomes sempre quis dar as cartas também na capital.

Questionado se irá cortar esse cordão umbilical para não ser apêndice do Estado na prefeitura, ele disse não ver problema nessa relação.

"Para o povo que precisa de creche, posto de saúde e casa, o que interessa saber se o prefeito está de um lado e o governador de outro? Não tenha dúvidas que com prefeito e governador alinhados é muito mais possível investir e entregar as obras", disse.


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