Parada Gay bate recorde, dizem organizadores
Com termômetros na av. Paulista marcando até 31 ºC, a organização da Parada Gay de São Paulo já comemora um novo recorde de público. Os organizadores estimam que o evento já reúne mais de 3,5 milhões de pessoas. A expectativa da organização era de 3,3 milhões de participantes. A Prefeitura de São Paulo esperava 3 milhões.
Marlene Bergamo/Folha Imagem |
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O cálculo leva em conta as aglomerações que começam na av. Brigadeiro Luís Antônio e se estende até um quarteirão depois da Praça Roosevelt.
Neste ano, a Polícia Militar divulgou que não vai fornecer seu cálculo para o público do evento. A assessoria da PM comunicou que seus cálculos se baseiam em número de pessoas por metros quadrados e que, no caso de um evento como a parada, cujos participantes se deslocam, é difícil calcular a população flutuante. A capacidade de público da av. Paulista, isolada, sem contar vias adjacentes, é de 1 milhão de pessoas, segundo a PM.
No ano passado, a PM divulgou um balanço com o público presente no evento e este é o número que consta na edição 2007 do "Guinness", o famoso livro dos recordes.
No início da tarde de hoje, a Polícia Militar ainda chegou a comunicar uma estimativa de público, de 1 milhão de presentes na av. Paulista.
Trios
Daia Oliver/Folha Online |
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Os três dos 23 trios programados que haviam sido impedidos de chegar na Paulista devido ao limite de altura de 4, 9 m da passagem por debaixo de um viaduto já tiveram o problema resolvido.
Dos "atrasados", o carro de abertura foi o primeiro a chegar na Paulista, seguido do trio da casa noturna "The Week" --outro veículo que enfrentou problemas--, que já está no percurso e o último trio vai se unir ao evento na Consolação. As informações são dos organizadores.
Calor
Com temperaturas altas e dia ensolarado, a 11º Parada do Orgulho GLBT de São Paulo não inflacionou o preço das bebidas nos ambulantes que pegam "carona" no evento. As bebidas geladas custam cerca de R$ 2 e os energéticos, R$ 7.
Os vendedores de sorvete, figuras praticamente ausentes da última edição, compareceram com seus carrinhos para faturar em meio a purpurina e confetes no trajeto da festa.
Enquanto, os "gelados" não inflacionaram sua oferta na avenida, os vendedores de apetrechos como Demétrio Feitosa, que habitualmente trabalha na r. 25 de março, resolveram subir um pouco seus preços. Ele normalmente vende estolas a R$ 10 e hoje as oferece por R$ 15. Já marabu, as plumas de pena de pavão que normalmente são ofertadas a R$ 3, pode ser compradas por R$ 5 no percurso.
Demétrio normalmente arrecada cerca de R$ 800 por dia com sua atividade. Experiente de outras edições do evento, ele disse que espera conseguir R$ 5.000 hoje. Para isso, ele chamou reforços: toda a família "desfila" na Parada Gay.
Violência
Empurra-empurra e furtos também marcaram o evento. Em posto médico em frente ao Masp (eram 14 no total), contabilizava-se, no início da noite, mais de 50 atendimentos, cerca de 15 de vítimas de agressões como socos e garrafadas.
Quatro pessoas foram presas em flagrante por furtos e roubos. Entre elas, uma jovem que carregava 12 celulares e 3 máquinas fotográficas. Os dados da organização da festa diziam que cinco furtos foram registrados.
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