Virada Cultural 2013 tira atrações da periferia e se concentra no centro de SP
No ano em que chega à sua nona edição, a festa mais popular de São Paulo abandonou a periferia e se concentrou na região central.
A primeira Virada Cultural da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), marcada para este fim de semana, também vai ser menor do que a do ano passado, mesmo tendo o maior orçamento de toda a sua história, R$ 10 milhões.
Na "maturidade" da Virada Cultural, ordem é concentrar atrações
Vereador Andrea Matarazzo quer garantir Virada Cultural anual com lei
Escalada às pressas, curadoria coletiva fez poucas mudanças na Virada Cultural
#InstaFolha06: Fotografe a Virada Cultural e veja sua imagem na Folha
Foram cortados da festa todos os Centros Educacionais Unificados, os CEUs, que no ano passado reuniram 162 apresentações.
Veja a programação completa da Virada Cultural no site do envento.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Editoria de Arte/Folhapress |
No total, 4 milhões de pessoas foram a 790 eventos no centro e 414 em áreas periféricas em 2012. Agora, serão 784 atrações centrais e 226 em pontos distantes.
Com um orçamento 33% maior neste ano --foi de R$ 7,5 milhões para R$ 10 milhões--, a Virada diminuiu os eventos em cerca de 16%.
"Tudo que levava à dispersão, a gente reduziu", diz Juca Ferreira, secretário municipal da Cultura, à Folha.
"A Virada não diminuiu. Houve um reordenamento e fortalecimento de certos processos e redução de outros. O conceito da Virada é permitir uma convivência inaudita na cidade, por isso ela não pode se dispersar."
Ferreira ressalta que a periferia não está fora da Virada porque manifestações como rap, forró e funk voltaram à programação.
"O que nós não queremos é que a periferia tenha de ficar na periferia. Queremos que as pessoas que moram lá venham até a Virada."
"Acho isso um erro", ataca o vereador tucano Andrea Matarazzo, que lançou agora um projeto de lei para assegurar a realização da Virada. "Eu teria feito como sempre fizeram, para não sobrecarregar o centro."
José Mauro Gnaspini, que passou a dividir o comando da festa com outros oito curadores, diz que "talvez não seja a Virada que vá atender a periferia" e diz que há planos para criar outras festas menores ao longo do ano.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade