GM tem lucro recorde, mas América do Sul dá prejuízo
Após ser salva da falência pelo governo dos EUA, a GM (General Motors) anunciou recorde no lucro líquido mundial de US$ 7,59 bilhões em 2011 --62,3% a mais que o verificado no ano anterior.
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O resultado foi puxado pelos lucros obtidos no mercado norte-americano. Na América do Sul e na Europa, a montadora teve prejuízos de US$ 122 milhões e US$ 747 milhões, respectivamente.
Na China, o lucro foi de US$ 1,9 bilhão, abaixo do registrado em 2010, de US$ 2,26 bilhões. O maior lucro líquido mundial obtido pela empresa foi registrado em 1997, de US$ 6,7 bilhões.
Segundo o diretor da Consult Motors, Valdner Papa, o prejuízo obtido na América do Sul foi resultado da ajuda da unidade brasileira durante e após a crise econômica nos Estados Unidos.
"Foram enviadas altas remessas de lucro do Brasil para o Estados Unidos, que reduziram em 2011 os investimentos em novos produtos, modernização dos parques produtivos", disse.
Segundo Papa, a competitividade de outras marcas também afetou o lucro da GM. "Sem novos produtos para competir, ela abriu mão da margem de lucro para manter as vendas", afirmou.
Mesmo assim, a marca norte-americana registrou quedas nas vendas e na participação no mercado brasileiro. Segundo dados oficiais, a queda no ano foi de 3,88%, para 632.102 unidades.
Segundo o consultor, em 2012 a GM pode retomar as vendas e a participação de mercado. Em janeiro, a marca foi a quem mais vendeu no Brasil, alcançando 52.850 veículos (20,9% do mercado).
O presidente mundial da GM, Dan Akerson, afirmou à Folha no mês passado que planeja um carro compacto "subeconômico" para o Brasil em até dois anos. A expectativa é aumentar as vendas em 500 mil unidades ao ano.
EUA e EUROPA
De acordo com Papa, o resultado mundial obtido pela GM reflete a operação do governo norte-americano, de dividí-la em dois: a que tem os passivos que quase a levaram a falência e a nova, que tem lucro líquido recorde.
"Contribuíram para o resultado a recuperação significativa do mercado automotivo americano, após a crise de 2008 e 2009, e a perda da competitividade das japonesas Toyota e Honda, com os problemas do terremoto".
Já na Europa, os resultados apontaram a crise financeira que atingiu os países. Neste ano, a expectativa é de que as vendas continuem baixas e até em queda na região. Ele não falou sobre a China.
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