Indústria paulista dispensa 93 mil pessoas e lidera fechamento de vagas
Apesar do crescimento da produção, o emprego na indústria caiu em março e tal movimento foi sentido de modo mais intenso na região metropolitana de São Paulo, maior parque fabril do país.
O número de vagas na indústria encolheu 4,8% em São Paulo, o correspondente à dispensa de 93 mil trabalhadores de fevereiro para março, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (25).
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Também fecharam postos de trabalho os ramos de construção (-2,2%), serviços prestados às empresas (-1,6%) e outros serviços (-2,6%) na região, e a ocupação caiu 1,3% em São Paulo se considerado todos os setores --acima da média das seis regiões pesquisadas (queda de 0,2%).
A região metropolitana paulista tem peso de 40% da pesquisa do IBGE, que mostrou hoje que o desemprego foi de 5,7% em março, a menor taxa para o mês desde o início da série, em 2002.
TAXA DE DESOCUPAÇÃO POR REGIÃO EM %
Região Metropolitana | Mar.2013 | Fev.2103 | Mar.2012 |
---|---|---|---|
Salvador | 6,9 | 6,2 | 8,1 |
Belo Horizonte | 4,6 | 4,2 | 5,1 |
Recife | 6,8 | 6,5 | 6,2 |
Rio de Janeiro | 4,7 | 4,6 | 5,9 |
São Paulo | 6,3 | 6,5 | 6,5 |
Porto Alegre | 4 | 3,9 | 5,2 |
Total | 5,7 | 5,6 | 6,2 |
NÃO ESPERADO
Para Cimar Azeredo Pereira, coordenador de trabalho e rendimento do instituto, o resultado de São Paulo "não é favorável", uma vez que a dispensa de trabalhadores temporários na região costuma ocorrer em janeiro e fevereiro, no máximo.
"É um dado que não é esperado", disse o coordenador, "já que se espera uma reação da indústria a partir de março ou abril".
O coordenador afirmou que não é possível, porém, falar ainda que o desalento reduziu a procura por trabalho, levando à saída de pessoas do mercado de trabalho diante do fraco crescimento da economia. "Podemos ter um dispensa de temporários fora do período habitual."
Azeredo Pereira ressaltou que é necessário aguardar os dados de abril para que possa ser feita uma melhor análise da tendência do mercado de trabalho paulista.
INATIVIDADE
A taxa de desemprego em São Paulo só não subiu, porém, graças à menor procura por trabalho, expressa pela queda da desocupação (de 8,2% de fevereiro para março).
"As pessoas deixaram de procurar trabalho e foram para a inatividade, já que a ocupação não cresceu e elas não foram absorvidas pelo mercado de trabalho", disse o coordenador.
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