Exigências argentinas dificultam negociação de um novo acordo
A Argentina está fazendo uma série de exigências ao Brasil que dificultam as negociações de um novo acordo automotivo, que vigoraria pelos próximos cinco anos. Essas exigências são um dos principais motivos que devem levar os dois lados a prorrogar o acordo atual por um ano ou um ano e meio.
Liderados por Débora Giorgi, ministra da Indústria, os negociadores argentinos pedem que seja estabelecido um limite de importação e exportação por montadora. Hoje os limites são para o comércio total de veículos e autopeças dos dois países.
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Segundo fontes do setor privado, essa exigência engessa as empresas e é praticamente impossível de cumprir. "Não podemos concordar com isso", diz uma fonte.
Outra solicitação argentina é que o Brasil estimule as empresas a transferir para a Argentina partes do processo produtivo.
Uma maneira de fazer isso é permitir que as fases de produção em território argentino sejam consideradas no Inovar Auto, o novo regime automotivo brasileiro, criado pelo governo Dilma Rousseff.
Para se classificar no Inovar Auto e receber benefícios tributários, uma das exigências é manter um determinado número de fases de produção no Brasil. "Com a economia crescendo pouco, é muito difícil para o governo justificar que a produção seja deslocada para a Argentina, mas receba incentivo no Brasil", diz um executivo.
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