Com poucas referências, Bolsa se mantém perto da estabilidade; dólar sobe
Em um dia de poucas referências, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, oscila perto da estabilidade. Os investidores aproveitam a quarta-feira (11) para embolsar lucros.
Às 13h57 (horário de Brasília), o Ibovespa estava estável, a 53.982 pontos. No mesmo horário, as ações da MMX e da OGX, mineradora e petroleira de Eike Batista, devolviam parte das fortes perdas registradas ontem e subiam 3,17% e 2,63%, respectivamente, liderando os ganhos do índice.
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"Nossa Bolsa está sem viés por falta de referência, o que abre espaço para realização. O Ibovespa sobe mais de 7% no mês, é uma alta muito forte. Os investidores estão aproveitando o dia para embolsar lucros", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
Nos EUA, os estoques no atacado aumentaram menos que o esperado em julho, sugerindo que a reposição de estoques provavelmente não irá contribuir muito para o crescimento econômico no terceiro trimestre.
"O indicador americano teve pouco impacto no mercado, assim como a retração do emprego na indústria brasileira, que já era esperada", afirma Galdi.
Segundo analistas, o mercado deve ficar atento ao encontro do banco central americano, em 18 de setembro, quando a autoridade monetária dos EUA vai decidir se começa ou não a cortar seu estímulo ao país já em setembro.
As atenções também seguem focadas nos desdobramentos de um possível conflito entre nações do Ocidente e a Síria.
O presidente americano, Barack Obama, pediu ontem ao Congresso dos Estados Unidos para adiar a votação sobre a autorização para usar a força militar na Síria a fim de dar tempo à diplomacia.
Apoiado por mais de 20 países, os EUA planejavam uma ação militar na Síria após o regime de Bashar al-Assad ter utilizado armas químicas em ataques que deixaram centenas de mortos e milhares de feridos.
A intervenção americana no país do Oriente Médio deveria ser votada pelo Congresso dos EUA nesta semana, a pedido do próprio Obama, mas acabou sendo adiada depois que ele ofereceu à Síria a oportunidade de entregar as armas químicas para evitar uma guerra.
Especialistas dizem que um desfecho diplomático seria a melhor solução para o episódio, uma vez que poderia prejudicar o mercado financeiro como um todo.
"A Síria fica localizada em uma região estratégica para o escoamento de boa parte do petróleo consumido no mundo, um conflito na região poderia pressionar os preços do petróleo e, como consequência, de outras matérias-primas. Além disso, os custos que uma guerra geraria aos países envolvidos também prejudicariam os mercados", diz Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 0,49% em relação ao real, às 13h56, cotado em R$ 2,298 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, avançava 0,52%, a R$ 2,294.
O Banco Central realizou mais cedo um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade vendeu 10 mil contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014 por US$ 496,8 milhões.
O leilão do BC hoje estava previsto pelo plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O programa do BC --que começou a valer em 23 de agosto-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.
Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra -mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.
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Atualizado em 31/05/2024 | Fonte: CMA | ||
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