Bolsa mantém ganho na última hora de negócios amparada em OGX e Petrobras
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, mantém alta nesta terça-feira (1º), devolvendo parte das perdas acumuladas nos últimos cinco dias diante da leitura dos investidores de que a paralisação parcial do governo americano deve ser temporária.
Às 16h15 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha ganho de 0,86%, a 52.789 pontos. O índice era estímulado pelo avanço de 9,52% das ações da OGX, petroleira de Eike Batista, bem como pela alta de 1,14% dos papéis mais negociados da Petrobras no mesmo horário.
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"O Ibovespa caiu bastante no ano. A alta de hoje não representa nada. A paralisação do governo americano já estava precificada. O mercado esperava por isso, o que ficou evidente com a queda das Bolsas ontem. É o que normalmente acontece, o mercado 'cai no boato e sobe no fato'", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.
Segundo Machado, o mesmo ocorre com os papéis da OGX, que caíram 25% ontem e, hoje, estão subindo mesmo após a companhia ter informado que não pagará juros no valor de US$ 45 milhões como remuneração de títulos emitidos no exterior que venceriam nesta terça-feira.
A decisão da empresa, que tem pouco dinheiro disponível e lida com um fracasso em sua campanha exploratória, pode ser o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história
por uma empresa latino-americana. O papel da petroleira iniciou o dia em queda, mas, após atingir o nível mínimo de R$ 0,19, passou a subir.
As ações de construtoras também subiam depois de o governo brasileiro ter elevado o limite do valor do imóvel que pode ser adquirido com o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), atendendo a pedidos do setor de construção e das instituições financeiras.
As ações da Gafisa, por exemplo, subiam 2,23%, às 16h15, enquanto os papéis da MRV tinham ganho de 0,98%.
"Esperamos que a nova faixa de preço tenha um impacto ligeiramente positivo na demanda habitacional, já que as condições de financiamento vão melhorar para compradores", afirmaram os analistas Eduardo Silveira e Gabriel de Gaetano, do Banco Espirito Santo, em relatório.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,22% em relação ao real, às 16h15, cotado em R$ 2,221 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,31%, a R$ 2,223.
O Banco Central realizou mais cedo um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade vendeu, ao todo, 10 mil contratos com vencimento em 3 fevereiro de 2014, por US$ 497,8 milhões.
A operação estava prevista pelo plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O programa do BC --que começou a valer em 23 de agosto-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.
Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra --mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.
Com Reuters
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Atualizado em 31/05/2024 | Fonte: CMA | ||
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