Vale e Petrobras fazem Bolsa fechar em alta de 0,8%; dólar tem queda
Acompanhando o bom humor externo e influenciado pelo avanço das ações da Petrobras e da Vale, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (4) em alta de 0,78%, a 54.436 pontos.
O desempenho foi puxado pelos papéis mais negociados da Petrobras, que subiram 1,81%, a R$ 20,22, enquanto as ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Vale avançaram 2,30%, a R$ 34,22. Juntos, esses dois papéis representam cerca de 16% do Ibovespa.
Ao vivo: acompanhe os destaques do mercado e as análises de especialistas
Folha responde as dúvidas de leitores sobre investimento; envie a sua
"O mercado brasileiro seguiu a tendência positiva do exterior, pautado em maior otimismo com o crescimento chinês e bons resultados corporativos", diz Luiz Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora.
Segundo ele, as ações da Vale subiram hoje porque o ministro das Finanças da China afirmou que o país vai atingir crescimento de 7,5% neste ano. A China é o principal destino internacional do minério de ferro produzido pela companhia brasileira.
Colaborou para o bom desempenho da Vale a última leitura do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor de serviços da China, que mostrou crescimento no ritmo mais rápido em 13 meses em outubro, em mais um sinal de estabilização econômica.
"Já o avanço das ações da Petrobras reflete a notícia de que a presidente [Dilma Rousseff] autorizou a adoção de nova fórmula para reajuste nos preços cobrados pela estatal pela gasolina e o diesel", acrescenta Pereira.
Atualmente, a Petrobras compra esses derivados de petróleo no exterior por um preço maior do que ela vende no Brasil por causa da política do governo, principal acionista da empresa, de combate à inflação. A estatal já apresentou uma nova proposta de metodologia de ajuste nos preços, que será votada pelo Conselho de Administração no dia 22 deste mês.
As ações do frigorífico Marfrig fecharam o dia com o maior avanço dentre os 72 papéis que compõem o Ibovespa, de 4,58%, seguidas pela alta de 3,46% das ações da Duratex e pelo ganho de 3,33% dos papéis ordinários (com direito a voto) da operadora de telefonia Oi.
Na ponta negativa do índice, quem teve a pior perda foi o papel da varejista B2W, de 3,86%, seguida pela desvalorização de 3,66% das ações da MMX (mineradora de Eike Batista) e pelo tombo de 3,41% da Energias do Brasil.
Também no vermelho, as ações da Brookfield caíram 2,22%, a R$ 1,32, em meio a notícias de que a incorporadora teria pagado propina a servidores.
Já os papéis da Embraer cederam 1,31%, a R$ 16,53, depois que o jornal "Wall Street Journal" afirmou que a companhia está sendo investigada por autoridades americanas e brasileiras por possível pagamento de propina a um membro do governo da República Dominicana em troca de um contrato de US$ 90 milhões.
"A investigação da Embraer prejudica a imagem da empresa e pode influenciar negativamente suas operações no futuro. É importante lembrar que a companhia já tinha apresentado resultados abaixo do esperado no terceiro trimestre, o que também pressiona suas ações para baixo", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho.
EUA
De acordo com Hegedus, o mercado espera a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos nesta semana. O documento, segundo ele, será fundamental para que o banco central daquele país (Fed) decida se manterá inalterado ou não seu programa de recompra mensal de títulos.
Hoje, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, e o integrante da diretoria do Fed Jerome Powell defenderam que a autoridade deveria reduzir seu programa de compra de títulos apenas quando a economia dos Estados Unidos melhorar e, mesmo então, de forma lenta, sem pressa. Eles não precisaram quando acreditam que o Fed começará a reduzir o estímulo.
O BC americano compra, mensalmente, US$ 85 bilhões em títulos públicos para injetar recursos na economia e estimular uma retomada. Parte desse dinheiro vira investimento em outros mercados, como o brasileiro, por isso um corte nesse valor seria ruim para o Brasil.
CÂMBIO
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, registrou queda de 0,54% em relação ao real, cotado em R$ 2,244 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,53%, a R$ 2,245.
O movimento, segundo operadores consultados pela Folha, refletiu a alta das Bolsas no mundo todo, com investidores trocando as aplicações mais conservadoras, como o dólar, por mercados mais arriscados, como as ações.
O Banco Central realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A operação estava prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio.
Foram vendidos 10 mil contratos de swap, sendo seis mil contratos com vencimento em 1º de abril de 2014 e quatro mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014, por um total de US$ 496,7 milhões.
Com Reuters
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 17/05/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,10% | 128.151 | (17h38) |
Dolar Com. | -0,54% | R$ 5,1019 | (17h00) |
Euro | -0,26% | R$ 5,5613 | (17h31) |