EUA revisam para cima e PIB cresce 2,1% no terceiro trimestre do ano
Susan Walsh/Associated Press | ||
Presidente Barack Obama após encontro do G20: economia dos EUA cresceu 2,1% no terceiro trimestre |
O departamento de análise econômica do governo americano revisou para 2,1% a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no terceiro trimestre de 2015.
A estimativa anterior apontava crescimento de 1,5%. A terceira e última revisão será divulgada em 22 dezembro.
O dado foi anunciado três semanas antes da reunião em que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá decidir pelo aumento da taxa básica de juros do país.
PIB dos EUA - Variação trimestral
A elevação foi adiada diversas vezes e possivelmente ocorrerá no último encontro do ano.
A presidente do Fed, Janet Yellen, reforçou a expectativa ao dizer que o aumento em dezembro é "uma possibilidade real".
A expansão da atividade econômica americana é monitorada de perto pela autoridade monetária, que afirma querer se sentir "suficientemente confiante" da recuperação da economia para elevar os juros, que estão em seu menor patamar histórico desde a crise de 2008.
Mesmo com a revisão, o PIB do terceiro trimestre continua mais fraco que o do segundo trimestre, que teve expansão de 3,9%.
A desaceleração se deve, de acordo com o governo, a um resultado mais fraco em investimentos privados (-0,3% ante 5% no segundo trimestre) e exportações (0,9% ante 5,1%).
O consumo pessoal teve expansão anualizada de 3% no terceiro trimestre, ante 3,6% no período anterior. Os gastos e investimentos do governo cresceram 1,7% —no segundo trimestre, a expansão foi de 2,6%.
O resultado foi ruim também para as empresas, cujos lucros declarados após pagamento de impostos caíram 3,2%, ante crescimento de 6,4% no segundo trimestre do ano.
MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro tem mostrado vulnerabilidade a cada divulgação de um dado econômico pelo governo americano. Espera-se, com a alta dos juros, uma eventual fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, o que encarece o dólar.
A elevação da taxa deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete os juros básicos, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco.
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