Ações da Vale e siderúrgicas disparam com alta do minério; dólar sobe
A alta das commodities no mercado internacional permitiu que o Ibovespa fechasse no terreno positivo nesta segunda-feira (7), apesar do recuo das ações do setor financeiro, que realizaram parte dos fortes ganhos da semana passada. O dólar à vista fechou com avanço de 1,58%, em um movimento de ajuste depois da perda acumulada de 6,62% nas cinco sessões anteriores. Os juros futuros também subiram.
Analistas afirmam, no entanto, que o mercado permanece otimista com a possibilidade de saída da presidente Dilma Rousseff do governo, em função dos desdobramentos da Operação Lava Jato.
O principal índice da Bolsa paulista fechou com alta de 0,33%, aos 49.246,10 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,990 bilhões.
As ações da Vale e de siderúrgicas terminaram o pregão com fortes ganhos, acompanhando a disparada do minério de ferro à vista na China nesta segunda-feira. O minério de ferro com entrega no porto de Tianjin subiu 19,5%, para US$ 62,60 a tonelada, o maior valor desde 15 de junho de 2015.
O preço da matéria-prima foi impulsionado por expectativas de que as siderúrgicas chinesas vão aumentar a produção de aço no curto prazo.
Vale PNA ganhou 9,04%, a R$ 12,78; Vale ON subiu 6,22%, R$ 17,58. Entre as siderúrgicas, CSN ON avançou 8,86%; Gerdau PN (+5,54%); Gerdau Metalúrgica (+4,21%) e Usiminas PNA (+7,35%).
Os papéis da Petrobras permaneceram voláteis durante a sessão. No entanto, a alta expressiva do petróleo no mercado internacional evitou um movimento maior de realização de lucros. As ações PN da estatal terminaram a sessão em alta de 2,07%, para R$ 7,37, mas as ações ON caíram 0,70%, para R$ 9,91.
O petróleo Brent, negociado em Londres, atingiu nesta segunda-feira a cotação máxima em 2016, a US$ 40 por barril, após informações sobre alta menor que a esperada nos estoques no ponto de entrega em Cushing, Oklahoma, onde são calculadas as referências para os contratos futuros nos EUA, segundo a agência de notícias Reuters.
O Brent subia 5,24%, a US$ 40,75 o barril. Nos EUA, o petróleo WTI ganhava 5,68%, a US$ 37,96 o barril.
Mas a maior parte da devolução dos ganhos recentes ocorreu no setor financeiro: Itaú Unibanco PN (-0,44%); BM&FBovespa ON (-5,33%); Bradesco PN (-2,82%); Bradesco ON (-1,74%); e Santander unit (-0,68%). Os papéis ON do Banco do Brasil subiram 0,05%.
DÓLAR E JUROS
No mercado de câmbio, a moeda americana à vista fechou em alta de 1,58%, para R$ 3,7862. O dólar comercial subiu 0,93%, para R$ 3,7960.
Na avaliação de Hideaki Ilha, operador de câmbio da Fair Corretora, a moeda americana sofreu um ajuste nesta segunda-feira. "O mercado de câmbio passou por uma correção, após a forte queda do dólar na semana passada", afirma.
Segundo Ilha, a alta das commodities no mercado internacional limitou um avanço maior do dólar ante o real nesta sessão. "De qualquer forma, não se esperam novas quedas bruscas no dólar como na semana passada, pois o Banco Central já sinalizou que vai usar a rolagem de swaps cambiais para conter esse movimento."
Os swaps cambiais equivalem à venda futura de dólar. Na sexta-feira (4), o BC não vendeu integralmente o lote ofertado, o que contribuiu para que a moeda americana saísse da mínima de R$ 3,65 atingida naquele pregão pela manhã.
Os juros futuros também passaram por ajuste após as recentes quedas e subiram. O contrato de DI para janeiro de 2017 passou de 14,050% para 14,125%; o DI para janeiro de 2021 saiu de 14,700% para 14,890%. O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira apontou piora nas expectativas de inflação.
Já o CDS (credit default swap), outro indicador da percepção de risco da economia brasileira, seguiu em queda pela quinta sessão consecutiva, e perdia 1,57%, para 409 pontos –no início deste ano, o CDS estava na casa dos 500 pontos.
EXTERIOR
Os índices acionários nos EUA fecharam com sinais divergentes: o índice Dow Jones ganhou 0,40%, o S&P 500 subiu 0,09% e o Nasdaq recuou 0,19%.
As Bolsas europeias fecharam em baixa: Londres (-0,27%); Paris (-0,32%); Frankfurt (-0,46%); Madri (-0,28%); e Milão (-1,20%).
Na Ásia, as principais Bolsas chinesas subiram pela quinta sessão seguida, lideradas pelas ações de matérias-primas, após uma série de garantias dadas pelas autoridades do país de que a economia vai permanecer sólida.
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Atualizado em 30/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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