Farc libertaram duas reféns colombianas, diz Chávez
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou nesta quinta-feira que duas reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foram libertadas. Ele diz que conversou com as duas colombianas por telefone, e que elas estão sendo retiradas da área da floresta em helicópteros do governo venezuelano.
"A Venezuela continuará a abrir o caminho para a paz na Colômbia. Estamos prontos para isso e em contato com as Farc, e esperamos que o governo colombiano compreenda isso. Estou certo de que eles compreenderão. O mundo quer paz para a Colômbia", disse Chávez.
Segundo o líder venezuelano, Clara Rojas --ex-assessora da candidata presidencial Ingrid Betancourt-- e a ex-congressista Consuelo Gonzalez devem chegar à Venezuela dentro de 3 horas.
Chávez não quis revelar em que aeroporto elas devem desembarcar, mas disse que as duas seguirão diretamente para Caracas para se reunir com seus familiares.
Rojas estava em poder das Farc desde 23 de fevereiro de 2002, e González estava em cativeiro desde 10 de setembro de 2001.
A chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Bogotá, Barbara Hintermann, confirmou a libertação. A operação de resgate teve início às 6h do horário local [9h em Brasília].
O governo colombiano autorizou nesta quarta-feira a nova operação de resgate. Dessa vez, a missão contará somente com a participação do governo venezuelano e do CICV.
O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, transmitiu a seu homólogo colombiano, Fernando Araújo, o pedido de autorização para a entrada em território colombiano de helicópteros venezuelanos com o emblema da Cruz Vermelha depois que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou ter recebido das Farc as coordenadas do local onde ocorrerá a libertação.
O anúncio da nova missão veio uma semana após o fracasso da operação anterior, planejada para resgatar Gonzáles, Rojas e seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro.
No último dia 31, as Farc suspenderam a entrega dos reféns, sob alegação de que "atividades militares" colombianas próximas ao local do resgate impediram o processo.
Dias depois, porém, descobriu-se que a libertação não ocorreu porque o garoto Emmanuel não estava mais em poder da guerrilha.
A criança encontra-se sob custódia da Colômbia em um orfanato estatal em Bogotá.
Com Associated Press, Efe e France Presse
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