FMI contribuirá com € 1 bilhão no resgate financeiro a Chipre
O Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuirá com € 1 bilhão (R$ 2,6 bilhões) dos € 10 bilhões (R$ 26 bilhões) do resgate financeiro concedido a Chipre na semana passada. O resto dos recursos será fornecido pela União Europeia e o Banco Central Europeu.
A informação foi revelada nesta quarta-feira pela diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, após acordo com as autoridades cipriotas para a aplicação de medidas de austeridade. Ela espera que o financiamento seja aprovado pela diretoria do FMI no começo de maio.
"O pacote financeiro tem o objetivo de ajudar Chipre a cobrir suas necessidades financeiras, enquanto implementa as políticas necessárias para restaurar a saúde da economia e recuperar o acesso a financiamento no mercado de capital", disse.
O socorro financeiro foi pedido em março. Como primeira condição, o país foi obrigado a juntar € 5,8 bilhões (R$ 15 bilhões) de reservas. Para isso, decretou o confisco de todos os depósitos bancários superiores a € 100 mil (R$ 260 mil) e pediu a reestruturação dos dois maiores bancos do país.
Agora, o grupo de credores, também conhecido como troika, concedeu cinco anos para a aplicação do ajuste fiscal, dois a mais que o previsto inicialmente.
Nesse período, o governo terá que aplicar medidas para reduzir a dívida pública e o deficit público para os parâmetros estabelecidos pelos credores. Dentre as restrições, estão a privatização de empresas públicas e mistas, cortes de gastos do governo e redução de salários de funcionários públicos.
O país terá 22 anos para pagar os € 10 bilhões (R$ 26 bilhões), com juros de 2,5% ao ano.
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