Israelenses provocam incêndios na Cisjordânia em represália a assassinato
Foram registrados nas últimas 24 horas mais de 50 focos de incêndio provocados por colonos na Cisjordânia, de acordo com a agência de notícias oficial palestina Wafa.
Os incidentes foram noticiados como represália ao assassinato de um colono judeu na terça-feira (30) na junção de Tapuach, próxima ao assentamento de Yitzhar e à cidade palestina de Nablus. Ambos estão a norte de Jerusalém.
Evyatar Borovsky foi esfaqueado enquanto esperava um ônibus. A junção de Tapuach foi local de outros incidentes, no passado --mas Borovsky foi o primeiro israelense morto na Cisjordânia desde 2011.
O assentamento de Yitzhar é visto como um dos centros do movimento extremista judeu na Cisjordânia, enquanto Nablus registrou episódios dos mais violentos durante a Intifada.
Os incêndios supostamente provocados por colonos foram agravados pela onda atípica de calor instalada em Israel nesta semana.
O assassinato em Tapuach, tratado no país como um grave ato de terror, deve contribuir para escalar a tensão entre judeus e palestinos.
Paralelamente aos incidentes, porém, o premiê Binyamin Netanyahu afirmou hoje que o país precisa de um acordo de paz para "impedir que Israel se transforme em um Estado binacional", de acordo com o jornal "Haaretz".
Com argumento semelhante o premiê Ehud Olmerd decidiu retomar as negociações, em 2007, e Ariel Sharon abandonou a faixa de Gaza, em 2005.
Na terça-feira (30), o Qatar apoiou, em gesto inédito, a proposta da Liga Árabe baseada nas fronteiras anteriores a 1967 --mas admitindo a possibilidade de troca de territórios entres israelenses e palestinos, desde que sob comum acordo.
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