Rússia aprova lei que proíbe adoção de crianças por casais gays
O Parlamento da Rússia aprovou nesta sexta-feira a lei que proíbe os homossexuais estrangeiros adotem crianças russas, assim como solteiros de países onde a união entre pessoas do mesmo sexo é legal. A medida irá para a sanção do presidente Vladimir Putin, que já disse que dará respaldo.
A proibição é mais uma das medidas contra os homossexuais no país, onde existe forte preconceito. No dia 11, o país proibiu a chamada "propaganda gay", que impede a realização de paradas e movimentos a favor de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT).
A lei foi aprovada em terceira leitura, com o respaldo de 444 dos 450 deputados do Legislativo. Na semana passada, a Rússia advertiu que, antes de assinar novos acordos bilaterais de adoção com certos países, levaria em conta se estes aprovam por lei o casamento homossexual.
A Espanha, o terceiro país que mais adota crianças russas após Itália e Estados Unidos, e onde são permitidas as uniões entre pessoas do mesmo sexo, está desde o ano passado negociando a assinatura de um acordo bilateral.
Por sua vez, o governo russo se propõe a retirar as licenças das agências de adoção internacional que formalizem o amparo de um menor russo por parte de uma família homossexual ou de pessoas com uma "orientação sexual não tradicional".
Além da proibição para gays, a nova lei simplifica o procedimento de adoções ao diminuir de 30 para dez dias o prazo de entrada em vigor da decisão judicial e reduzirá o número de doenças que impedem que um casal adote uma criança.
Também aumentará de 13 mil (R$ 908) para 100 mil rublos (R$ 7.100) o subsídio por cada criança que o Estado concede às famílias que acolhem órfãos inválidos ou maiores de sete anos.
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