Chefe interino do Egito cria agenda para eleições parlamentares
O Egito vai realizar uma nova eleição parlamentar depois que alterações à Constituição suspensa do país forem aprovadas em referendo, decretou o chefe de Estado interino nesta segunda-feira, estabelecendo um prazo que poderá abrir caminho para uma eleição legislativa em cerca de seis meses.
A agenda foi divulgada pelo governo interino de Adly Mansur, empossado após golpe militar, em conjunto com a oposição, que depôs Mohammed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana.
Uma eleição presidencial deverá ser convocada depois que uma nova Câmara Legislativa for formada, segundo o decreto, que também estabeleceu um período de quatro meses e meio para as alterações à controversa Constituição que foi aprovada em dezembro.
Segundo a Declaração Constitucional de Mansur, duas comissões trabalharão nas emendas.
A eleição parlamentar deverá ocorrer dois meses após o novo referendo --até a metade de fevereiro, portanto.
A Constituição, criticada por restringir direitos individuais e de minorias, foi suspensa na semana passada quando o Exército depôs o presidente islâmico, Mohammed Mursi, após grandes protestos populares contra o seu governo.
A Declaração Constitucional é apresentada no mesmo dia em que violentos confrontos com a polícia deixaram ao menos 51 apoiadores de Mursi mortos e mais de 400 feridos em frente à sede da Guarda Republicana, onde, presumidamente, o presidente deposto se encontra detido.
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