FBI aumenta o uso de táticas hacker para espionar suspeitos, diz jornal
O FBI (polícia federal americana) está aumentando o uso de táticas usadas por hackers para coletar informações de suspeitos, diz uma reportagem do "The Wall Street Journal" publicada nesta quinta-feira (1º).
Segundo o jornal, documentos judiciais e entrevistas com ex-agentes envolvidos nessas operações trouxeram detalhes sobre as ferramentas, que eram mantidas em sigilo.
Após buscas 'suspeitas' no Google, mulher recebe visita da polícia nos EUA
As táticas incluem o envio de "spywares" para computadores e smartphones através de e-mails ou links --procedimentos geralmente utilizados por hackers.
A tecnologia permite que investigadores ativem microfones e gravem conversas em celulares que utilizam o sistema Android, e pode ser usada também para ativar microfones e câmeras de laptops, sem que o dono do equipamento perceba.
Os programas permitem também transferência de arquivos, gravação de e-mails e de outras formas de comunicação, além de monitoramento contínuo de computadores.
A reportagem diz ainda que desde 2005 o FBI vinha utilizando "web bugs" (ícones ocultos em sites) que permitem coletar o endereço de IP (número de identificação de um computador conectado), listas de programas abertos e outros dados.
De acordo com um ex-agente, as táticas são usadas com ordem judicial, normalmente em casos que envolvam crime organizado, pornografia infantil e combate ao terrorismo.
O órgão desenvolve programas ou os compra do setor privado. O FBI e o Google não quiseram comentar a respeito, diz o jornal.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis