Chile investiga uso de armas químicas na ditadura Pinochet
O governo chileno anunciou nesta sexta-feira (23) que vai investigar o uso de armas químicas durante a ditadura do general Augusto Pinochet.
A medida ocorre após a ex-diretora do Instituto de Saúde Pública, Ingrid Heitmann, revelar à agência de notícias alemã DPA, na quinta-feira, que encontrou em 2008 caixas com frascos de toxina botulínica, que permaneceram escondidas por 27 anos.
Heitmann assegurou que decidiu incinerar os químicos sem avisar as autoridades da época, quando o Chile era governado por Michelle Bachelet. Eram duas caixas cheias de ampolas com a toxina, suficientes para matar metade de Santiago, acrescentou.
O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, disse hoje que instruiu gestores do Instituto a fazer vistoria completa nos prédios da instituição. Ele chegou a trabalhar com Heitmann quando assumiu a pasta, mas afirmou que só ficou sabendo do caso através da imprensa.
"Tenho uma opinião pessoal muito boa sobre ela, ficamos bastante amigos", declarou. "Não tenho porque duvidar do que ela está dizendo".
Opositora da ditadura chilena, Heitmann afirma ter sido presa e torturada durante o governo Pinochet e se exilou no Canadá.
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