Após saída de chanceler, senador boliviano cancela audiência no Senado
A aguardada ida do senador boliviano Roger Pinto Molina ao Senado, para explicar sua fuga da embaixada brasileira na Bolívia, foi cancelada após a demissão do chanceler Antonio Patriota.
A ida de Molina ao Senado deveria ocorrer na tarde desta terça-feira. Mas, com a demissão de Patriota, Roger Pinto Molina avalia quais serão os próximos passos e, por isso, decidiu cancelar a ida ao Senado brasileiro.
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Roger Pinto Molina (dir.) acena ao lado de seu advogado Fernando Tibúrcio, em Brasília, nesta segunda-feira |
"O motivo do cancelamento é porque, tendo em vista o bom andamento com as notícias da exoneração do Patriota, ele decidiu não fazer a coletiva para saber qual vai ser a situação, saber como o governo vai se posicionar daqui para frente e não prejudicar as negociações", diz o advogado de Molina, Fernando Tibúrcio.
O ministro das Relações Exteriores deixou o cargo na segunda-feira, após o diplomata brasileiro Eduardo Saboia patrocinar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de seu país.
Molina, opositor ao governo de Evo Morales, estava há 455 dias refugiado na embaixada do Brasil em La Paz. Segundo Saboia, ele foi retirado da embaixada e veio ao Brasil, no sábado, por problemas de saúde.
Além de Saboia, Molina contou com a ajuda do senador brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da comissão de Relações Exteriores, que levou o boliviano em jatinho particular até Brasília. Partiu de Ferraço o convite para Molina ir ao Senado nesta terça-feira.
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