Rússia se opõe a proposta de ataque a Síria em reunião na ONU
Em uma reunião fechada do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta quarta-feira (28), em Nova York, a Rússia se opôs a uma proposta de resolução que buscava autorização para uma intervenção militar na Síria contra o regime de Bashar al-Assad.
Não houve votação, segundo a Associated Press, e a proposta deve retornar para consulta entre os governos dos membros antes de ser analisada.
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O texto, apresentado pelo Reino Unido, recebia o apoio de Estados Unidos e França, que já afirmaram que estão prontos para realizar um ataque às tropas de Assad em resposta ao atentado com armas químicas que teria sido cometido pelo governo sírio na semana passada.
O pedido na ONU pode ser interpretado pelo apelo simbólico, pois os outros dois membros permanentes com poder de veto, China e Rússia, já haviam se posicionado contra propostas críticas ao regime.
Mais cedo, o governo russo desaconselhou o debate sobre o tema até que seja apresentado o relatório dos inspetores da ONU que estão em Damasco.
De acordo com a denúncia feita por rebeldes, as áreas dominadas pelos insurgentes na periferia de Damasco foram atingidas por gás venenoso durante ofensiva do Exército sírio, na última quarta (21). Os opositores do regime afirmam que cerca de 1.300 pessoas foram mortas, enquanto a entidade Médicos sem Fronteiras fala em 355 mortes, dentre 3.600 civis sírios que foram internados.
A posição da Rússia foi criticada pelos EUA. "Não acreditamos que o regime sírio deveria poder esconder-se atrás do fato de que os russos continuam a bloquear ação sobre a Síria na ONU, e vamos tomar nossa decisão sobre a ação apropriada", disse Marie Harf, uma porta-voz do Departamento de Estado.
Segundo ela, as ações da Rússia, incluindo vetos a três resoluções anteriores que condenariam o governo de Bashar al-Assad, colocavam em dúvida se o Conselho de Segurança era um fórum efetivo para lidar com o conflito de dois anos na Síria.
Aliado de Assad, o país é o principal fornecedor de armas para o regime sírio.
Com Agências de Notícias
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