Filipinas elevam para 1.774 número de mortos por tufão Haiyan
Subiu para 1.774 o número de mortos computados pelas autoridades das Filipinas após a passagem do tufão Haiyan pelo país, na última sexta-feira (8). Os dados divulgados nesta terça-feira ainda são menores que o esperado pelas autoridades locais e pela ONU, cujas estimativas chegam a mais de 10 mil.
A apuração oficial foi divulgada pelo Conselho para a Gestão e Redução de Desastres, um dos órgãos do governo filipino responsável por gerenciar os danos provocados pela tempestade, que atingiu o país há quatro dias, com ventos de mais de 300 km/h e fortes chuvas.
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Segundo a autarquia, cerca de 10 milhões de filipinos foram afetados pelos estragos do Haiyan. Dentre eles, 660 mil ficaram desabrigados, em especial na ilha de Leyte, no sul do país. Diversos povoados da região continuam isolados, o que impede a chegada das equipes de resgate e da ajuda humanitária.
Na capital de Leyte, Tacloban, as equipes de limpeza estão tendo trabalho para retirar os montes de cabos, árvores e toneladas de escombros das estradas para liberar a passagem dos caminhões com comida, água potável e tendas de campanha.
Ao mesmo tempo, a escassez de alimentos, água, remédios e produtos de higiene pessoal aumentou a disputa entre os sobreviventes, que lotam as portas de centros de assistência. Diante do desespero e da fome, alguns deles recorreram a saques.
Para evitar os ataques ao comércio e às missões humanitárias, a Defesa Civil reforçou a segurança na região, com o envio de tropas da Polícia Nacional e do Exército. Milhares de pessoas também tentam sair de Tacloban por via aérea, lotando aeroportos.
Uma das companhias aéreas do país, a Cebu Pacific, cancelou as rotas comerciais para ajudar a retirar as vítimas do tufão na ilha de Leyte, assim como a estatal Philippine Airlines.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
AJUDA HUMANITÁRIA
Nos últimos dias, o governo filipino já recebeu cerca de US$ 80 milhões (R$ 184 milhões) em ajuda financeira de diversos países e instituições, como a ONU, que forneceu US$ 26 milhões (R$ 59,8 milhões). Diversas agências das Nações Unidas enviaram equipes para ajudar no resgate e no tratamento de feridos.
Países como Austrália, Estados Unidos, Japão e Reino Unido também enviaram recursos e equipes para o país. Entidades como a Cruz Vermelha também iniciaram campanhas para a arrecadação de dinheiro e suprimentos para os filipinos.
Antes da chegada deste último tufão às Filipinas, o 24º do ano, os meteorologistas tinham alertado que ele poderia ter um efeito ainda mais devastador que o tufão Bopha, que em 2012 deixou quase 2.000 mortos e desaparecidos.
O desmatamento, a proliferação de jazidas de mineração ilegal, a infraestrutura deficiente e a urbanização desordenada aumentam os efeitos devastadores das chuvas e dos frequentes tufões que atingem as Filipinas durante o período das monções.
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