Líder de golpe em Burkina Fasso se desculpa e promete transferir poder
O líder do golpe militar que derrubou na semana passada o presidente interino de Burkina Fasso pediu desculpas à nação nesta segunda-feira (21) e prometeu transferir o poder para um governo civil transitório.
O comunicado do general Gilbert Diendere foi lançado pouco após o Exército ameaçar tomar o controle da capital, Uagadugu, e forçar o desarmamento da guarda presidencial, responsável pelo golpe. Inicialmente, foi informado que o Exército havia liderado a tomada de poder.
O anúncio do avanço do Exército havia alimentado temores de que crescesse a violência no país africano. Desde de o anúncio do golpe, na quinta-feira (17), ao menos dez pessoas morreram e cem ficaram feridas em confrontos.
A guarda presidencial também disse que a iria libertar o premiê, Isaac Zida, mantido refém junto a outros líderes do governo interino desde a quarta-feira (16).
Diendere foi assessor do ex-ditador Blaise Compaoré, que renunciou em outubro de 2014 em meio a um levante popular após passar 27 anos no poder.
Os militares golpistas tomaram o poder alegando ser injusto o novo código eleitoral, que impede apoiadores e membros do partido de Compaoré de participar das eleições gerais agendadas para 11 de outubro.
Após o golpe frustrado, mediadores regionais aumentaram a pressão para que eleições mais inclusivas sejam realizadas até o fim de novembro.
Os acontecimentos recentes marcam o sexto golpe de Estado em Burkina Fasso desde que o país se tornou independente da França, em 1960. O país é um importante aliado da França e dos Estados Unidos no combate a militantes islamitas no Oeste da África.
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