Autoridades acusam mais dois suspeitos por ataques em Bruxelas
A Procuradoria Federal da Bélgica anunciou, nesta terça-feira (12), que mais dois suspeitos foram acusados de envolvimento nos atentados em Bruxelas de 22 de março.
Eles serão investigados por "participação em atividades de grupo terrorista, assassinatos e tentativas de assassinatos terroristas".
Os homens, identificados apenas como Smail F., nascido em 1984, e Ibrahim F. (1988), teriam relação com o aluguel de um apartamento no bairro de Etterbeek que teria servido como um dos esconderijos do grupo responsável pelos atentados à capital belga, deixando 32 mortos e mais de 300 feridos.
Também nesta terça (12), a polícia belga fez uma operação em que prendeu três suspeitos em uma casa no bairro nobre de Uccle, ao sul de Bruxelas. Eles podem ter relação com a série de atentados contra Paris em 13 de novembro, que matou 130 pessoas.
Os procuradores não informaram o que foi achado na casa, mas disseram que os três serão levados a um tribunal nesta quarta (13), para que um juiz decida se permanecem presos ou não.
FRANÇA ERA O ALVO
Um dos envolvidos nos ataques a Bruxelas de 22 de março e preso na sexta-feira (8), o belga de origem marroquina Mohammed Abrini, 31, disse aos investigadores da Bélgica que a célula terrorista pretendia fazer atentados durante a Eurocopa (torneio de futebol das seleções europeias), que ocorrerá em dez cidades da França entre 10 de junho e 10 de julho.
A informação foi divulgada na segunda-feira (11) pelo jornal francês "Libération".
No domingo (10), a Procuradoria Federal da Bélgica já havia dito que os terroristas de Bruxelas queriam atacar Paris pela segunda vez, e não a capital belga. Mas, segundo os procuradores, os possíveis alvos eram o distrito parisiense de La Défense, centro financeiro da capital francesa, e a sede de uma associação católica.
As autoridades belgas afirmaram no sábado (9) que Abrini confessou ser o "homem de chapéu", flagrado pelas câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas ao lado dos dois terroristas que se explodiram no terminal. Abrini fugiu depois da ação e, a pé, percorreu cerca de 10 km até o centro de Bruxelas.
AFP | ||
Imagem capturada logo antes da explosão ao aeroporto de Bruxelas; Abrini seria o "homem do chapéu" |
Abrini tinha contra si uma ordem de prisão desde 24 de novembro. Ele era o segundo homem mais procurado após os atentados de novembro.
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