Submarino egípcio reforça buscas por caixas-pretas do avião da EgyptAir
O Egito enviou um submarino neste domingo (22) para reforçar as buscas das caixas-pretas do avião da EgyptAir que caiu no mar Mediterrâneo, na última quinta-feira (19), com 66 pessoas a bordo.
Navios que estão vasculhando o mar no norte de Alexandria, por três dias, encontraram partes de corpos, pertences pessoais e destroços do Airbus 320, mas ainda estão tentando localizar as caixas-pretas que poderiam esclarecer a causa do acidente.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, disse que os equipamentos subaquáticos da indústria de petróleo offshore do Egito estavam sendo enviados para ajudar na operação de busca.
"Eles têm um submarino que pode chegar a 3.000 metros sob a água", disse, em discurso transmitido pela TV nacional. "Ele foi colocado hoje em direção ao local do acidente de avião, porque estamos trabalhando duro para resgatar as caixas-pretas."
Investigadores franceses disseram neste sábado (21) que o avião enviou uma série de avisos indicando que havia sido detectada fumaça a bordo, pouco antes de a aeronave desaparecer das telas de radar.
O porta-voz da agência investigativa francesa, Sebastien Barthe, disse que as mensagens automáticas, chamadas de Acars, normalmente indicam um princípio de incêndio a bordo, mas ressaltou, contudo, que a causa do desaparecimento da aeronave ainda é desconhecida.
O presidente egípcio também ressaltou que nenhuma hipótese foi descartada. "Até agora não há nenhuma tese específica que possamos confirmar de maneira definitiva."
A EgyptAir já avisou familiares das vítimas, em sua maioria egípcios e franceses, que a recuperação e identificação dos corpos pode levar semanas.
Enquanto isso, muitos deles parecem não saber o que fazer. Amal, mãe de Samar Ezzedine, 27, uma das tripulantes, disse ainda esperar a volta da filha.
"Ela está desaparecida. Quem faz um funeral para uma pessoa desaparecida?", questionou.
A tia de Samar, Mona, disse que Amal está relutante de deixar o hotel no Cairo onde aguarda notícias e até mesmo sair de perto da porta do hotel.
"Ela não quer acreditar. Eu disse para ela desligar o celular, mas ela responde: "e se Samar ligar?".
Em seu discurso, Sisi disse que a investigação será demorada, mas prometeu ser transparente quanto às descobertas.
Editoria de arte/Folhapress | ||
Avião Airbus A320 |
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