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26/08/2009 - 02h30

Sarney, Dilma x Lina, Justiça, MST, religião

da Folha Online

Sarney

"Millor Fernandes disse que o livro 'Brejal dos Guajas' (1985), de José Sarney, é 'uma obra-prima', sem similar na literatura de todos os tempos, pois só um gênio poderia fazer um livro errado da primeira à última frase.
É esse mesmo gênio que também tornou sua Presidência do Senado em mais uma obra-prima da política, com atos secretos do primeiro até os últimos dias, promovendo um ambiente insustentável."

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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Euclides no Senado

"Realmente, toda a nação brasileira estava aguardando ansiosa e emocionada o significativo e inadiável discurso do exmo. senhor senador José Sarney em torno do relevante e inolvidável tema 'Os 100 anos da morte de Euclides da Cunha', que tanto acresceria à nossa vida pública e ao momento presente da história nacional."

FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

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Lina x Dilma

"Pergunto ao presidente Lula: depois de 12 funcionários --entre superintendentes, coordenadores e subsecretário-- colocarem os cargos à disposição, continua a dúvida, quem está falando a verdade?"

SHINHTI MIAMOTO (São Paulo, SP)

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Símbolos religiosos

"Funcionário público está sempre procurando um jeitinho de enrolar no seu serviço. Em vez de se preocupar com os símbolos religiosos nas repartições públicas, o Ministério Público deveria trabalhar mais e liberar os milhares de processos que estão parados em suas gavetas.
Espero, há anos, por ações judiciais, e a minha irmã, gravemente enferma, aguarda há oito anos o acerto financeiro de sua pensão. Os senhores juízes precisam trabalhar mais e deixar o Cristo lá nas paredes. Ele nos dá paz, ele nos traz a paz."

LUIS AUGUSTO COELHO (Ribeirão Preto, SP)

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Justiça

"Parabéns ao jornalista Rogério Gentile ( Opinião, 24/8) pela oportuna lembrança dessa mancha negra que polui indelevelmente a justiça (com minúscula, por favor) brasileira.
Sugiro, entretanto, que se faça uma enquete na internet: se a Sandra Gomide fosse uma apresentadora do 'Jornal Nacional', o Pimenta Neves ainda estaria soltinho como está?"

LUCIO ARARIPE (Cascavel, PR)

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MST

"Sobre a missiva de Karla Sant'Anna de Moura Coutinho ('Painel do Leitor' , 24/8), interessa lembrar o que ela omitiu:
1) Sem-terra é denominação genérica que abrange tanto as massas dirigidas que a missivista comparou à 'prisioneiros de campos de concentração' como suas elites dirigentes, as que exploram e oprimem as primeiras; elites bastante reais de sem-terra também, por ela ocultadas.
2) As massas dirigidas, de que apenas cuidou a missivista, são em sua maioria gente da cidade, não do campo, e estão 'a céu aberto, expostos e indefesos' por graça e obra dessas elites dirigentes, que as aliciam por outros sem-terra também ou mesmo por terceiros interessados nesse tráfico. São as elites que ainda cuidam da direção financeiro econômica do movimento, de sua propaganda no país e no exterior, da garantia jurídica de todos os seus atos ilegais e criminosos por seu corpo de advogados (que evidentemente também são 'sem-terra'), do recebimento direto ou por prepostos, testas-de-ferro, da ajuda financeiro econômica e de propaganda do exterior. Lembre-se que para esse papel ignominioso seus advogados receberam, por vezes, especificadamente, do exterior.
3) As elites, as cúpulas dirigentes, em particular seu corpo de advogados, são ainda responsáveis: pela ilegalidade do movimento; pela indefinição imoral e ilegal de seu relacionamento humano e trabalhista com as massas dirigidas, as executoras de suas determinações político-ideológicas práticas, massas que exploram impiedosa, sórdida e fraudulentamente para indignar e comover os incautos e ignorantes no país e no exterior.
4) O apelo final da missivista por 'Mudança! Justiça!' aplica-se a essas elites dirigentes --o MST que, em realidade, pensa e resolve-- ou a quem?"

CLAUDIO MEIRELLES CHAVES (Piracicaba, SP)

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Fé na escola

"Em relação ao artigo 'MEC critica acordo Brasil com Santa Sé' ( Brasil, 25/8), vimos que só a CNBB acredita que o acordo não é tendencioso.
Ensino religioso, a meu ver, deve ser ensinado nas igrejas, nos templos, nos centros espíritas e nos lares, e não nas escolas públicas ou privadas, onde a educação deve se centralizar na educação formal, coisa que não está ocorrendo como deveria, senão não veríamos saindo das escolas tantos analfabetos funcionais."

DENISE STORARE FURLAN (Santa Bárbara d'Oeste, SP)

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Prisões

"Há quase um ano, a Folha trazia a seguinte reportagem: 'Prisões de São Paulo têm 50% mais detentos que vagas' ( Cotidiano, 13/10/08).
Segundo a reportagem de André Caramante, com a colaboração de Bruna Saniele, havia naquela ocasião --de acordo com o censo penitenciário realizado em junho de 2008 pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional)-- 96.500 vagas para um total de 145.096 presos, o equivalente a um déficit de 48.556 vagas.
Hoje, um ano depois do referido censo, a Folha informa no editorial 'Prisões lotadas' ( Opinião, 25/8), que 'após destacar-se na construção de presídios, Estado de São Paulo vê deficit voltar à média do país'.
Está mais do que comprovado que o encarceramento avança muito mais rápido que a capacidade do Estado de construir presídios. A comparação de dados de 2006 com junho de 2008 revelaram, segundo a matéria citada, 'um distanciamento crescente entre a oferta e a demanda de vagas nas prisões do Estado de São Paulo'.
Segundo dados do censo do Depen, em dezembro de 2006 o sistema prisional de São Paulo operava com uma população carcerária 44% maior que a capacidade. Ocorre que, enquanto o número de vagas aumentou 6,4%, em dois anos o número de detentos subiu 21% entre 2006 e 2008.
A questão do déficit carcerário --atualmente de 170 mil vagas no Brasil-- é quase tão antiga quanto andar para frente. Os governos e a sociedade precisam entender de uma vez por todas que não é possível e nem faz sentido encarcerar todos aqueles que são condenados, sem falar da cifra negra da criminalidade. A prisão, fábrica de delinquentes, já se mostra insuficiente na prevenção do crime e na punição do infrator. Ressocialização é uma farsa. Os altos índices de reincidência revelam que para aquele que cumpriu pena não restam muitas alternativas a não ser voltar ao mundo do crime. Por este motivo se faz necessário, cada vez mais, buscarmos alternativas às penas privativas de liberdade, reservando estas, tão somente, para os casos extremos de ataque a bens jurídicos, essências para a vida e para a sociedade.
É forçoso que a sociedade entenda que punição não é sinônimo de prisão e que existem inúmeros casos em que esta pode ser substituída por outra pena que não seja a privacidade da liberdade."

LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY, professor de direito penal da PUC-Minas (Belo Horizonte, MG)

 
 

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