Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
12/05/2010 - 02h30

Motoboy, Tuma Jr., obras, eleições, religião

da Reportagem Local

Motoboy

"Na madrugada do último sábado, véspera do Dia das Mães, o motoboy Alexandre Menezes dos Santos, 25, voltando do trabalho como entregador de pizzas, morreu na porta de casa espancado por quatro policiais militares, após resistir a prisão por estar trafegando com sua moto sem placa. Não adiantou os apelos de sua mãe, que assistiu a tudo, inclusive na mira do revólver de um dos policiais, conforme suas próprias palavras.
A declaração da mãe à imprensa é emblemática: 'Ao ver meu filho ser espancado na porta de casa, pensei em ligar para o 190 e pedir socorro. Mas como fazer isso, já que seus agressores eram todos policiais militares?'.
Os policiais foram presos pela Corregedoria da PM e serão indiciados por homicídio culposo, ou seja, aquele em que não há intenção de matar. Esse fato soma-se a outro ocorrido na noite do dia 9/4, quando o motoboy Eduardo Luís Pinheiro dos Santos , 30, também foi brutalmente espancado até a morte nas dependências de um batalhão da PM.
O governo de São Paulo, capitaneado a tanto tempo pelo PSDB, ostenta o seguinte slogan: 'Governo de São Paulo, um Estado cada vez melhor'."

ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)

*

"Não é pela atitude de Alexandre que a PM podia agir daquela forma. Esses policiais não toleram nada? Deviam, pelo menos, ouvir a versão do motoboy. Isso mostra um despreparo da polícia brasileira. Que polícia é essa, que mata espancada uma pessoa que anda numa moto sem placa? Quem se deve chamar nessa hora? Uma polícia que bate primeiro para depois perguntar?"

MATHEUS RODRIGUES DE FREITAS (Divinópolis, MG)

-

Tuma Jr.

"O delegado da Polícia Civil e secretário da Justiça Romeu Tuma Junior, com quem tive a honra de trabalhar na Polícia Civil de São Paulo, é um dos policiais mais bem preparados deste país, principalmente no que se refere ao combate ao crime organizado.
As notícias sobre seu suposto envolvimento com o chinês Paulo Li, e até mesmo com relação ao caso dos dólares apreendidos, creio, merecem uma profunda reflexão sobre a forma como tais divulgações foram e estão sendo feitas.
Muitos desavisados, e com base apenas em conteúdos pinçados de fatos extraídos de um contexto propositadamente não difundido, já fizeram seu juízo de valor, pré-julgando e o condenando. O que não está sendo ressaltado, mais uma vez de forma proposital, é que em todos os episódios mencionados em nenhum deles foi proporcionado um final feliz para aqueles que supostamente solicitaram a intervenção do senhor secretário, posto que o chinês está preso, os dólares apreendidos e as pessoas envolvidas respondendo à processo na Justiça.
Será que o dr. Romeu Tuma Junior não está com a razão quando diz que tudo isso não faz parte de uma estratégia do crime organizado para a desmoralização das autoridades constituídas, as quais estão atrapalhando seus negócios escusos?
É o momento de ficarmos atentos e observar a quem tudo isso interessa."

JOSIMAR FERREIRA DE OLIVEIRA, delegado de polícia (Juquitiba, SP)

-

Obras

"Mais uma vez o governo se mostra lento e pouco preocupado com os problemas enfrentados pela população ('Prevista para abril, obra antiapagão ainda nem começou', Cotidiano, 11/5).
Já não bastam os atrasos que as obras do PAC apresentam e os escândalos de corrupção no governo federal. Agora, somos obrigados a conviver com falhas constantes no fornecimento de energia. E se a queda de energia for prolongada, como ficam os hospitais?
Por essas e várias outras situações que as obras não podem ser levadas a passo de tartaruga. A agilidade na execução desses projetos é fundamental para a segurança da população."

ISADORA GONÇALVES DE MELO e JOÃO MARCOS DE ANDRADE (Divinópolis, MG)

-

Eleições

"O leitor Benjamin Eurico Malucelli ('Eleições', 'Painel do Leitor', 10/5) cita administração sobre um assunto que requer conhecimento em economia e contabilidade. Fala em desastre do governo FHC comparado com Lula.
Não sou eleitor do PSDB e muito menos do PT, mas gostaria que o sr. Benjamin explicasse, matematicamente, quais as diferenças. Creio que não existe, pois o governo Lula deu continuidade ao governo anterior em tudo.
Daqui há alguns anos, um estudioso, debruçando-se sobre um livro de história do país, não verá diferença alguma entre os dois, a não ser um momento extraordinário da economia mundial entre 2003 e 2007 que alavancou o país, e um aumento gigantesco da corrupção no período de 2004 a 2010."

JOSE EDUARDO RUBIN (São Caetano do Sul, SP)

-

Religião

"Excelente a entrevista do filósofo Daniel Dennett, nos trazendo reflexões sobre a evolução e a religião.
Na humanidade, desde os tempos da nossa aurora, é histórica e redundante da própria essência da nossa espécie a crença em um criador e uma entidade divina que nos guie. Até para os cientistas mais renomados, há um temor na crença de uma evolução sem qualquer interferência divina, recalcada nos ensinamentos religiosos, ainda que não presos a qualquer igreja e religião.
Reprimidos pelos dogmas, aos evangélicos é sacrilégio cogitar a possibilidade de evolução natural, sob pena de serem esmagados pela fúria divina. Estes mesmos, que em parâmetro unânime defendem a idade do planeta em cerca de 12 mil anos com base cronológica da Bíblia, se dividem em dois grupos: o primeiro defende a não existência de dinossauros, e o segundo aceita a existência dos grandes repteis, sob o absurdo argumento de que foram extintos, pois não cabiam dentro da Arca de Noé.
Já os católicos e os kardecistas admitem a interferência divina, mesmo que contradite com o livre-arbítrio, conceitos estes cunhados pelo cristianismo, islamismo e judaísmo.
No entanto, todos estes grupos religiosos, sem exceção, se autodenominam seres superiores e sujeitos a salvação em comparação à indivíduos de outro idealismo ou credo religioso, principalmente aqueles convictos pela não existência de Deus ou mesmo aqueles que assumem a sabedoria da ignorância."

DILSON ZANINI (São Paulo, SP)

-

Nanossegundos

"Em nanossegundos os mercados sofreram efeitos devastadores (Clóvis Rossi, Mundo, 8/5), enquanto os governos de todo o mundo são lerdos.
Não falemos da administração pública brasileira, em que uma licitação para pavimentação de uma rua demanda, no mínimo, seis meses, que podem ser sucessivamente prorrogados, conforme as vicissitudes do procedimento administrativo, não raro submetido ao controle jurisdicional.
Tal defasagem na velocidade dos assuntos econômicos e das decisões políticas impõe uma profunda reformulação do direito público, cujas instituições não mais podem seguir modelos completamente defasados."

AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página