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12/11/2010 - 02h30

PanAmericano, Enem, preconceito,

DE SÃO PAULO

PanAmericano

Após um socorro de R$ 2,5 bilhões para cobrir um rombo nas contas do banco PanAmericano , do Grupo Silvio Santos, o Banco Central e a Caixa Econômica Federal decretaram uma espécie de intervenção na instituição. O aporte acontece quatro meses após o sinal verde do Banco Central para que a Caixa comprasse 49% do capital com direito a voto do banco.
Há rumores de fraudes no PanAmericano, que é um dos mais fortes do país em crédito consignado e não tem correntistas. Os problemas teriam sido constatados pelo BC há um mês. Para tapar o rombo, o dinheiro foi liberado por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), e o Grupo Silvio Santos deu garantia em bens. Logo a seguir, a instituição ganhou novos diretores.
O PanAmericano anunciou que pode ter sido vítima de uma fraude bilionária. Adivinhe quem paga a conta?

CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

*

Em relação ao banco PanAmericano, do apresentador Silvio Santos, é de lamentar a falha gritante das auditorias e do Banco Central. Entretanto, ressalte-se a figura de Silvio Santos, a quem não conheço --e nem mesmo assisto aos programas. Trata-se do maior pagador de Imposto de Renda do Brasil; acresça-se que o presidente do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) afirmou que nunca viu nenhum empresário oferecer seus bens para honrar compromissos.

EVANDRO SILVA CLEMENTINO (Belo Horizonte, MG)

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Enem

Concordo plenamente com o leitor Flavio Guimarães De Luca ("E nem", "Painel do Leitor", 11/11). Esse fato só demonstra o descaso que nossos governantes têm por todos os setores deste país. O duro é saber que a partir de 2011 mudarão os nomes, mas a mentalidade será a mesma.
Como é cansativo viver no Brasil. Respeito zero.

MARIA LÚCIA VAZ GUIMARÃES (São Paulo, SP)

*

Os escândalos recentemente divulgados sobre o Enem demonstram, de forma inquestionável, que novamente os maus políticos deste país utilizaram a educação como "moeda de troca" na compra de votos dos eleitores.
A transformação de um exame nacional, que tinha como objetivo avaliar o ensino médio do país, passou a ser nos últimos dois anos um novo tipo de vestibular, e muito malfeito, como se viu. O pior é que essa mudança de foco do Enem foi realizada com o aval de muitas universidades públicas, ávidas em agradar o poder central do país, sem avaliarem nem sequer as consequências de tal atitude, como seria o correto.
As instituições federais públicas, principalmente as de ensino de terceiro grau, foram criadas para a elite intelectual, e não para todos os seres humanos do planeta, como querem os "socialistas de plantão". O principal papel educacional é de desenvolver o "espírito crítico" em seus professores e alunos, e não acabar com as deficiências do ensino médio e primário deste país.
As universidades não são um "colegião de terceiro grau"; elas devem produzir novos conhecimentos, e isso é muito caro para qualquer país sério.
Para solucionar tamanho descalabro nacional ideias não faltam, basta ver o projeto de lei colocado no Senado desde 2007, de nº 480, de autoria do senador Cristovam Buarque, que obriga todos os senadores, deputados, vereadores e demais membros do Legislativo brasileiro a matricularem seus próprios filhos em escolas públicas.
A realidade demonstra que, enquanto não houver respeito pelos bons profissionais da educação, teremos que conviver eternamente com os maus políticos e sofrer as consequências de um povo semialfabetizado ou analfabeto funcional, assim como são muitos dos políticos que atualmente ocupam os principais cargos.
Haja paciência para nós, professores.

RICARDO TRAMONTE, Departamento de Ciências Morfológicas do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC)

*

Lula , não admitindo o erro, mas com sua soberba costumeira, diz que fará quantas provas do Enem forem necessárias, esquecendo-se que cada uma delas custa mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos.
É o dinheiro do povo jogado no lixo!

ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

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As ocorrências com o Enem combinam perfeitamente com o estado geral da educação no Brasil.

ELISABETH CARDOSO (São Paulo, SP)

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Quem fez o Enem e pensa ter se saído bem no teste, logicamente teme por outra avaliação. Afinal, são 180 questões mais a redação.
Na minha opinião, o ideal seria recorrer a um sistema não muito simples, mas que realmente atendesse à situação: permitir que todos aqueles que quisessem repetir o exame o façam. Para isso, cinco dias seriam suficientes para que estudantes deixassem no site do MEC o número de inscrição para que o ministério pudesse ter a real dimensão da demanda para a aplicação das provas. Quanto à data para aplicação, não acredito que as universidades do país se esquivem em modificar suas agendas a fim de não comprometer o exame nacional.

MODESTA TRINDADE THEODORO (Belo Horizonte, MG)

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Preconceito

Sobre o texto "Sim, eu tenho preconceito" , devemos apenas lamentar o ponto de vista do autor. Seus argumentos não merecem o destaque que foi dado, uma vez que lembram os dos neonazistas que ainda nos rodeiam.
As decisões do povo brasileiro sobre os rumos do seu país são democráticas. Logo, não devem ser atribuídas a uma determinada região ou cultura. Nordestinos, nortistas, sulistas etc. devem ser respeitados. Do contrário, regredimos aos anos do sufrágio restrito.

JOSÉ ROBERTO F. SOUZA (Taquaritinga, SP)

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Dois planetas

Excelente o artigo "Dois planetas" , de João Pereira Coutinho. O autor faz uma comparação muito sagaz da alma do brasileiro e do norte-americano. Enquanto no hemisfério norte as pessoas não querem um Estado que se intrometa em suas vidas, muitos brasileiros mantêm uma relação de dependência com o Estado.
Conforme bem salientou o autor ao mencionar Hayek, um Estado muito grande, que trata indivíduos como criancinhas, é moralmente perigoso. Esse artigo nos permite fazer uma profunda reflexão dos rumos que o Brasil tem trilhado nos últimos anos: governo assistencialista, eleitores lenientes com a corrupção e um propósito muito consistente do governo de adotar medidas com intuito de controlar a grande mídia.
Parece que Hayek tinha razão.

IVAN DAUCHAS (São Paulo, SP)

 
 

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