Decisão é 'atraso à democracia', diz governador do Rio
Ricardo Stuckert/Divulgação/Instituto Lula | ||
Pezão (à dir.) em foto com Dilma e Lula |
O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que a decisão da Câmara dos Deputados em autorizar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é "um atraso à democracia do nosso país".
Amigo pessoal da presidente, Pezão foi um dos únicos peemedebistas a permanecerem ao lado da petista até o fim. O PMDB do Rio decidiu apoiar o impeachment, o que foi seguido por deputados ligados ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
"Não cabe a mim contestar o resultado da votação na Câmara, mas posso dizer que lamento profundamente a decisão, que representa um atraso à democracia do nosso país. Sempre me posicionei publicamente contrário ao impeachment da presidenta Dilma, que considero uma pessoa digna e honrada", afirmou Pezão, em nota.
A mudança de posição do PMDB do Rio foi considerada pela presidente como uma das principais traições ao seu governo. O partido venceu quatro eleições –duas para governador e duas para a capital– usando como um dos principais ativos a aliança com o governo federal.
Paes ainda não se posicionou sobre a decisão da Câmara. Na semana passada, ele afirmou "não ter posição sobre nada" quando questionado sobre o impeachment da presidente.
Seu braço-direito, o deputado Pedro Paulo (PMDB), pré-candidato à Prefeitura do Rio, votou a favor da abertura de processo de impeachment. O mesmo fez o deputado Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral.
Licenciado para tratamento médico, Pezão foi um dos poucos peemedebistas fluminenses que se mantiveram fiel à presidente.
"Não acredito que seja esse o mecanismo mais adequado para ajudar o Brasil a vencer a crise e avançar como uma nação melhor. A presidenta Dilma foi eleita pelo voto democrático e isso deve ser respeitado", afirmou em nota.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), também manteve-se ao lado do governo. Contrariando a orientação do PMDB-RJ, comandado por seu pai Jorge Picciani, ele votou contra a admissibilidade do processo de impeachment.
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