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Em evento de sindicato de educação, Haddad promete criação de cargos após eleição

Fabio Braga - 19.ago.2016/Folhapress
O prefeito Fernando Haddad (PT), candidato a reeleição, durante coletiva de imprensa
O prefeito Fernando Haddad (PT), candidato a reeleição, durante coletiva de imprensa

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) prometeu, em palestra no congresso do Sinesp (Sindicado de Especialistas em Educação de São Paulo) nesta quinta-feira (25), criar 96 cargos de supervisores na rede de ensino municipal.

"Assim que terminar a eleição já está pronto o PL [projeto de lei] de criação de novos cargos de supervisor", afirmou ele à plateia formada por gestores de educação do município, como coordenadores ou diretores de escolas, recebendo aplausos.

Haddad também afirmou que nomeará este ano, para o exercício de 2017, diretores de escola aprovados em concurso.

Após o evento, ele afirmou que os cargos serão criados pois "como a rede expandiu muito, semana que vem vamos celebrar mais de 400 creches abertas, você precisa de um trabalho de supervisão e chamar os diretores concursados". Segundo ele, o departamento jurídico de sua gestão disse que não haveria problemas em nomear os diretores neste ano. "Não haverá impacto orçamentário, porque apenas substituirá o temporário pelo fixo."

"Alguém vai ser contra contratar supervisores? Não consigo nem imaginar questionar uso da máquina pública. Isso é serviço essencial, e são 96 cargos num universo de 150 mil servidores", disse.

O prefeito também citou outra demanda do funcionalismo, a retirada do projeto de lei "SampaPrev", que estipula um teto de R$ 4.600 para aposentadoria dos servidores.

O projeto foi retirado da Câmara de São Paulo nesta quarta-feira (24), após reunião de Haddad com representantes do Sindpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação no Ensino Municipal de São Paulo). Na última sexta-feira (19), o prefeito havia defendido o projeto.

Na última sexta-feira (19), Haddad havia defendido o PL. "A lei que foi para a Câmara é uma exigência de lei federal. São Paulo perderia a prerrogativa de receber recursos se não encaminhasse a lei", afirmou.

Segundo o prefeito, o projeto foi retirado para evitar que ele fosse usado com fins eleitorais. Ele afirmou ter havido uma confusão entre o projeto da aposentadoria a Proposta de Emenda Constitucional 241, proposta pelo governo do presidente interino Michel Temer, que estabelece um teto de até 20 anos para os gastos públicos, a que ele chamou de "PEC do fim do mundo". "Não quero que pessoas usem da confusão de uma coisa e outra".

Ele afirmou também que a questão exige uma discussão de "fôlego" e que não seria o caso de propor o debate no último ano de governo.

DIÁLOGO

Em sua fala, o prefeito enfatizou ter um "compromisso com o diálogo" com os profissionais de educação. "Falta muito ainda, mas falta menos do que em 2012", afirmou.

Haddad também fez um aceno à candidata do PSOL, Luiza Erundina, que tem base forte entre os servidores do ensino municipal por causa de medidas de sua gestão na Prefeitura, em 1989, em que teve o educador Paulo Freire como secretário.

"Gostaria de registrar que lamento a não participação de alguns candidatos no debate", disse. "Queria agradecer o fato de estar falando depois de uma companheira da qualidade da Luiza Erundina,

Ele afirmou ainda que "defenderá até o final" que a deputada federal participe dos debates, arrancando muitos aplausos da plateia. Ele aproveitou para criticar os adversários João Doria (PSDB) e Marta Suplicy: "Se mais um, ou Marta, ou Doria, aceitassem a participação dela, ela poderia enaltecer a cidade com a sua experiência, sendo a pessoa honrada que é, tendo feito o governo honrado que fez."

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