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Após pesquisa, campanha de Pedro Paulo muda de alvo e visa eleitores com mais renda

Divulgação
Pedro Paulo, candidato à prefeitura do Rio
Pedro Paulo, candidato à prefeitura do Rio

A última pesquisa Datafolha fez a coordenação de campanha de Pedro Paulo (PMDB) reorientar sua estratégia para buscar votos na disputa pela Prefeitura do Rio. Antes voltada para o eleitorado mais pobre e de baixa escolaridade, o peemedebista vai focar na faixa com mais renda e escolarização.

A intenção é apresentá-lo como única opção para superar Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PC do B) no primeiro turno, apresentando-os como um retrocesso.

O discurso começou a ser testado na sexta (23), quando o peemedebista chamou o primeiro de Peter Pan e Pinóquio. Classificou a comunista como "o Brasil que não está dando certo", referindo-se à gestão Dilma, que apoia a candidata do PC do B.

"Tem dois campos divididos. O meu, que é do Rio que não tem aversão à iniciativa privada, alguém que pode fazer a cidade prosperar. E outro que acredita num Estado paquidérmico, que tem que prover tudo, que não acredita que essa cidade pode ser dinâmica. É o campo daquilo que não deu certo no país", afirmou Pedro Paulo em caminhada na zona norte.

Jandira ironizou o peemedebista, cuja rejeição atingiu 32%, a maior entre os candidatos no Rio. "Quanto mais ele fala, mais as pessoas o rejeitam porque sabem que o que ele diz sobre clínicas e escolas, por exemplo, não é verdade", afirmou a comunista.

Freixo também minimizou os ataques do adversário.

"É sinal de desespero de quem é um péssimo candidato, que mesmo com toda máquina não consegue passar a gente", criticou ele.

Orientado para eleitores de baixa renda, Pedro Paulo não subiu o esperado e registrou 9% das intenções de voto no último Datafolha, taxa idêntica à de Jandira e em empate técnico com Freixo (10%).

A mudança tem como novo objetivo atrair votos de Flávio Bolsonaro (PSC), Índio da Costa (PSD) –ambos em segundo lugar, tecnicamente empatados com Pedro Paulo, com 7% e 6%– e Carlos Roberto Osório (PSDB).

Ainda que outros estejam em patamar semelhante, o candidato do PMDB disse que as pesquisas indicam polarização entre ele, Freixo e Jandira, numa disputa pela vaga no segundo turno contra Marcelo Crivella (PRB), líder isolado com 31%.

O discurso tem ainda um tom de ameaça em relação aos avanços que o PMDB considera terem ocorrido na cidade. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse que viu a pesquisa "temendo pelo Rio".

"Chega uma hora em que a população vai ter que ter atenção. Não dá para brincar com a cidade", afirmou Paes.

Uma das bandeiras serão as PPPs firmadas na gestão Paes, que viabilizaram a revitalização da zona portuária, o VLT e a construção do Parque Olímpico.

O prefeito agora vai participar mais de perto da campanha para tentar transferir parte do eleitorado que aprova sua administração (30%).

Pedro Paulo afirma que não conseguiu atrair o eleitorado que aprova a gestão Paes em razão da "frieza" da campanha até o momento.

"A TV não é mais vista como antes. A campanha está muito fria", disse.

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