No Rio, Crivella mantém liderança isolada, diz Datafolha
Gustavo Serebrenick/Brazil Photo Press/Folhapress) | ||
O senador Marcelo Crivella, candidato a prefeito no Rio |
A disputa pela última vaga no segundo turno na disputa pela Prefeitura do Rio segue acirrada com cinco concorrentes. O senador Marcelo Crivella (PRB) se manteve na liderança isolada, com 29% das intenções de voto.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (26) mostra uma troca de posições em relação à última pesquisa entre Pedro Paulo (PMDB) e Marcelo Freixo (PSOL), com 11% e 10% respectivamente. Os dois, contudo, estão em empate técnico.
O peemedebista oscilou positivamente dois pontos, dentro da margem de erro, enquanto o candidato do PSOL manteve a taxa registrada na quinta (22).
Os dois estão em empate técnico com Flávio Bolsonaro (PSC) e Jandira Feghali (PC do B), ambos com 7%. A candidata do PC do B oscilou negativamente dois pontos percentuais.
Pesquisa Datafolha para prefeito Rio de Janeiro
O deputado Carlos Roberto Osório (PSDB) aparece pela primeira vez, segundo o Datafolha, em empate técnico no segundo lugar ao atingir 6% —ele oscilou positivamente dois pontos em relação ao último levantamento.
Ele trocou de posição com Índio da Costa (PSD), que nesta pesquisa aparece com 5% –tinha 6% na anterior.
A pesquisa, feita nesta segunda, entrevistou 1.144 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.
REJEIÇÃO
O Datafolha identificou um aumento na rejeição a Crivella. De acordo com o levantamento, a taxa subiu de 21% para 25%.
O senador tem sido alvo de ataque em razão de sua ligação com a Igreja Universal, da qual é bispo licenciado.
O candidato no topo da lista numérica da rejeição ainda é Pedro Paulo.
De acordo com os dados do instituto, 29% dos eleitores declararam que não votariam nele –a taxa oscilou negativamente dois pontos percentuais em relação à última pesquisa, na semana passada.
Crivella segue sendo o favorito em todos os cenários de segundo turno pesquisados pelo instituto.
A pesquisa mostra que a disputa mais apertada seria contra Índio. Neste cenário, o candidato do PRB teria 49% das intenções de voto, contra 30% do adversário.
A maior diferença seria contra Bolsonaro. Contra o candidato do PSC, Crivellia teria 51% contra 22% do candidato do PSC.
Embora o segundo lugar mantenha um empate técnico entre cinco candidatos, a troca de posições pode ter efeito neste reta final da campanha. Pedro Paulo deve manter a aposta no eleitorado de maior renda e escolaridade, mirando votos de Bolsonaro, Índio e Osório.
Ele tem buscado polarizar a disputa pela vaga ao segundo turno com Freixo e Jandira, a quem identifica como retrocesso por, segundo ele, rejeitarem parceria com a iniciativa privada.
Freixo, por sua vez, pode ganhar força no pedido de "voto útil de esquerda". O candidato do PSOL via Jandira se aproximar numericamente, mas a distância entre os dois foi para três pontos percentuais. Embora, na prática, o empate técnico se mantenha, a diferença pode pesar no argumento para convencer os eleitores.
Os eleitores de Freixo aparecem como os mais decididos (66%). Entre os que optaram por Jandira, 54% declararam que não mudariam o voto. A taxa de decisão entre os que optam por Pedro Paulo é de 60% e de Crivella, 63%.
O voto mais "volátil" é de Índio, já que 51% de seus eleitores declaram que ainda podem mudar a escolha.