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Marta e Erundina disputam votos feministas em São Paulo

Marlene Bergamo/Folhapress
PODER ELEIÇOES- Sao Paulo - A candidata a prefeita, Marta do PMDB, durante campanha na em Cangaiba e Jd Helena. O filho da candidata, Supla, participou da caminhada. 26/09/2016 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017
A candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB) com seu filho Supla

"Você não passou no teste como feminista." Poderia ser uma troca de farpas nas redes sociais, mas é a acusação feita pela deputada Luiza Erundina (PSOL) contra a senadora Marta Suplicy (PMDB).

Nas eleições 2016, as duas são as únicas mulheres na briga pela prefeitura de São Paulo e disputam entre si o voto feminino e feminista.

No segundo debate na TV, Erundina afirmou que Marta, correligionária do presidente Michel Temer, apoia um governo "machista", cujos ministros são todos "homens brancos". "Como você se sente sendo feminista e apoiando um governo com essas características?", questionou.

A senadora rebateu dizendo que o feminismo é muito importante para ela e que "quem dá atestado de feminista é o povo do Brasil e as mulheres". "Trabalhei sempre pelo empoderamento da mulher e espero que isso mude na composição do ministério."

"Empoderamento" –termo da moda que designa o aumento do poder de minorias– aparece com frequência no discurso de Marta. No primeiro debate televisionado, disse que "todas as mulheres hoje querem o empoderamento".

Vera Chaia, professora de ciência política da PUC-SP, afirma que a imagem de Marta sempre esteve ligada ao movimento. "Ela tem envolvimento maior com o feminismo, principalmente quando era do PT", diz. "Mas foi incoerente em muitos momentos depois que entrou no PMDB."

Segundo a especialista, a atitude ajuda com alguns segmentos de voto. "No caso da Erundina, não sei se a ponto de elevar significativamente a preferência. A temática dela sempre foi muito mais ampla."

No programa de governo de Marta, aparece um "Plano Municipal de Empoderamento da Mulher", que visaria "promover ações afirmativas" no mercado de trabalho.

Já entre as promessas da deputada está a de priorizar mulheres que tenham sofrido violência em programas de moradia e emprego.

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