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Erundina comenta debate e diz que irá retomar mutirões para construção de moradias

Carolina Linhares/Folhapress
Luiza Erundina (PSOL) e seu vice Ivan Valente (PSOL) abraçam coqueiro plantado em homenagem a ela no Jardim São Francisco (zona leste).
A candidata Luiza Erundina (PSOL) e seu vice, Ivan Valente (PSOL), abraçam coqueiro plantado em homenagem a ela no Jardim São Francisco (zona leste)

A candidata Luiza Erundina (PSOL) afirmou que a solução para o problema da moradia em São Paulo está nos mutirões de construção de casas feitos em sua gestão (1989-1992).

"Vamos retomar e ampliar", disse a candidata durante visita ao Jardim São Francisco (zona leste) neste sábado (3). "É a solução, porque já capacita as pessoas, cria mão de obra."

Nos chamados mutirões de autogestão, os próprios moradores construíam suas casas, o que, segundo a candidata, reduz os custos em 40%.

Erundina visitou a casa de Maria da Penha, 85, construída em um dos mutirões e que abriga um coqueiro em homenagem à ex-prefeita.

A candidata e seu vice, deputado Ivan Valente (PSOL), abraçaram e posaram com o coqueiro, plantado em 1991.

"Foi a homenagem mais linda que eu já recebi", disse.

Antes disso, a candidata conversou com lideranças da região e recebeu o apoio de senhoras que conseguiram suas moradias durante o governo da então petista.

Na época, o Jardim São Francisco foi dividido em oito setores de habitação –três deles tiveram mutirões e cerca de 1.300 casas foram construídas.

"Ela veio junto, pisou na lama pra construir e continuou visitando a gente mesmo depois de pronto", diz Ducleide Maria dos Santos, 55, moradora do bairro.

Pela manhã, Erundina participou de seminário na Escola de Sociologia e Política e discursou na avenida Sapopemba.

Carolina Linhares/Folhapress
Luiza Erundina (PSOL) e seu vice Ivan Valente (PSOL) abraçam coqueiro plantado em homenagem a ela no Jardim São Francisco (zona leste)
Luiza Erundina (PSOL) conversa com moradoras do Jardim São Francisco (zona leste)

DEBATE

Na noite de sexta (2), Erundina participou de debate na Rede TV! graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal que possibilitou a presença de candidatos de partidos pequenos.

"Foi uma vitória. Foi a determinação, a garra, a insistência do PSOL junto ao STF que permitiu estarmos aqui", disse ela.

No debate, a candidata criticou o prefeito Fernando Haddad (PT) por ter sido "hesitante" ao se posicionar sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

"Ficou feio para você", afirmou Erundina, lembrando a fala de Haddad sobre o termo "golpe" ser "uma palavra dura" para descrever o impeachment.

"Quem hesita, fica mudando de partido a cada cinco anos, não sou eu", respondeu o prefeito. "Não somos adversários aqui porque pertencemos ao mesmo campo", disse Haddad, afirmando que a esquerda não pode estar desunida.

Após o evento, Erundina disse que a resposta do prefeito não a satisfez.

"Eu me ressenti por ele, como principal liderança da cidade, não ter tido uma posição mais clara, mas pública e mais oportuna", afirmou. "Ele terminou fazendo a diferença entre golpe militar e de outra natureza. Tudo é golpe."

"Eu saí de dois partidos porque esses dois partidos mudaram, por coerência", completou.

Valente também respondeu Haddad neste sábado, afirmando que a mudança de partido pode ser para melhor e que a unidade da esquerda deve ser baseada em práticas comuns.

CRÍTICAS

Ainda durante o evento da Rede TV!, Erundina também atacou Marta Suplicy (PMDB) por ser feminista e apoiar o governo de Michel Temer (PMDB), que chegou a nomear um ministério sem mulheres.

"Quem dá atestado de feminismo não é você, é o povo do Brasil e as mulheres", disse Marta.

Erundina avaliou, ao final do debate, que a dinâmica do encontro "não é a mais adequada, mas é a possível". "Em um minuto, não dá pra fazer muita coisa. Nem sequer colocar uma proposta e torná-la compreensível."

Para Ivan, Erundina "botou molho e pimenta no debate", que foi mais intenso que o anterior, da TV Bandeirantes. "É um esquentamento para os debates das emissoras maiores", disse.

Questionado sobre qual estratégia irão adotar nos próximos debates, o vice afirmou que a campanha deve abordar as "contradições de Marta" e a "ideologia de direita de Doria".

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