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Prévias são 'um belo caminho' para PSDB em 2018, diz Aécio

Marlene Bergamo/Folhapress
Em imagem de 2014, Aécio Neves posa ao lado de José Serra e Geraldo Alckmin, durante convenção do PSDB que o lançou como candidato à presidência
Em imagem de 2014, Aécio Neves posa ao lado de José Serra e Geraldo Alckmin, durante convenção do PSDB que o lançou como candidato à presidência

Presidente do PSDB e um dos possíveis candidatos da legenda ao Planalto, o senador Aécio Neves afirmou nesta segunda (3) que as prévias internas são "um belo caminho" para 2018.

Ele diz que "não teme" que a disputa cause novos conflitos entre correligionários, como ocorreu no lançamento da candidatura do empresário João Doria à prefeitura de São Paulo, com críticas públicas e até mudança de legenda de tucanos históricos, como o vereador Andrea Matarazzo (PSD).

"Eu acho que nós não devemos temer as prévias, por mais que haja algum tipo de disputa interna, pior do que isso é opressão, pior do que isso é um cerceamento das oportunidades que todos os possíveis nomes devem ter", afirmou Aécio.

O senador, no entanto, afirma que a responsabilidade do partido "é tão grande que é possível que um nome surja de uma convergência".

"A prévia pressupõe que não haja convergência. Por exemplo, em 2014 se falou muito sobre prévia e não houve porque houve uma convergência em torno de meu nome. Mas se não houver, o que faz? Consulta-se as bases do partido", disse.

Eleito prefeito da capital paulista em primeiro turno, Doria foi apadrinhado pelo governador Geraldo Alckmin, que já concorreu à Presidência em 2006 e disputa com Aécio a vaga do partido nas próximas eleições. Alckmin e Doria defenderam prévias para 2018 neste domingo (2).

Aécio disse que conversou com ambos nesta segunda e que a vitória do tucano "foi extraordinária".

"Nós temos que parar de ter essa visão mesquinha da política onde as pessoas só trabalham nos seus projetos pessoais", afirmou o senador.

Ele apresentou os resultados nacionais do partido nas eleições esse ano, na sede do PSDB em Belo Horizonte. Segundo o tucano, houve um crescimento de 15% do PSDB neste primeiro turno, com 791 prefeituras conquistadas.

CAIO NARCIO

Durante o discurso de Aécio, o deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG), filho do ex-presidente do partido em Minas, Narcio Rodrigues, saiu de uma sala reservada e se posicionou ao lado do senador, em frente às câmeras.

A situação, segundo membros do partido, foi inesperada e causou desconforto. Narcio Rodrigues foi preso em maio na operação Aequalis da Polícia Federal e obteve habeas corpus para deixar a penitenciária em agosto.

Ele é réu e responde por crimes como fraude a licitação, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e por atrapalhar investigação criminal. Sua defesa nega todos os crimes.

José Marques/Folhapress
Aécio Neves durante entrevista, acompanhado de Caio Narcio, filho do ex-presidente do PSDB-MG, Narcio Rodrigues
Aécio Neves durante entrevista, acompanhado de Caio Narcio, filho do ex-presidente do PSDB-MG, Narcio Rodrigues

Caio Narcio, no entanto, não costumava aparecer nos eventos do partido e a prisão de seu pai tem sido usada pela oposição para atacar o deputado estadual João Leite, candidato na capital mineira.

Na aparição desta tarde, deputado usava um broche de João Leite no peito. O partido tem dito que "todas as denúncias sejam devidamente apuradas pelos órgãos competentes e, uma vez comprovadas eventuais irregularidades, que os responsáveis sejam julgados na forma da lei".

Procurado depois do evento, Caio Narcio não quis se manifestar, nem Aécio Neves. O presidente do partido em Minas, deputado federal Domingos Sávio, diz que o filho de Narcio Rodrigues "é muito jovem" e "busca sua sobrevivência política" e não pode ser afastado da vida pública por causa da situação do pai.

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