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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Três jogos da Copa do Brasil permitem imaginar bons espetáculos pela frente

Que os times tenham produzido a consciência de que a beleza é fundamental

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Andava o colunista macambúzio com o que acontece dentro e fora dos gramados pelo país afora. Com a sensação de estar vivendo surreal pegadinha.

Não, não é verdade! Ele disse mesmo isso? 

Ah, para! Ele fez isso mesmo?

Daí morre João Gilberto, morre Chico de Oliveira, e nós por aqui, cada vez mais pobres, mais órfãos.

A Copa América não chegou a empolgar pelo nível técnico.

Nem a seleção brasileira, que antes da Copa do Mundo jogou muito melhor que nossos clubes, entusiasmou pela qualidade.

A saudade de ver, ao menos, a emoção do embate entre os rivais locais, ainda mais nos mata-matas da Copa do Brasil, acendeu expectativas.

Será que os jogadores envolvidos, todos fora do torneio continental, a exceção de Everton e alguns estrangeiros, também estavam saudosos de jogar para valer e fariam bons espetáculos?

Pois fizeram.

Dos quatro jogos, três foram muito bons de ver. Os de Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte.

Everton comemora gol pelo Grêmio em partida da Libertadores, em abril - Jorge Adorno/Reuters

Grêmio e Bahia ficaram no empate em 1 a 1 que deveria ter sido 2 a 2, com Everton brilhando pelo tricolor gaúcho e Arthur pelo tricolor baiano.

Ambos cearenses, o gremista, 23 anos, de Maracanaú, e o outro, 21, de Fortaleza.

A dúvida está em se os dois jogarão o Campeonato Brasileiro até o fim, porque o mundo parece de olho no Cebolinha e Arthur, que pertence ao Palmeiras, vira e mexe assusta a torcida com rumores de que também tem propostas da Europa.

Cada vez que um deles pegava na bola era certeza de boas jogadas. Em Curitiba não foi diferente. 

O 1 a 1 entre Athletico e Flamengo deveria ter sido 3 a 2 para o rubro-negro paranaense.

O primeiro tempo foi todo do time anfitrião e disputado em grande velocidade, tanta que o Athletico parece ter cansado no segundo, quando o Flamengo jogou melhor.

Se na Arena Grêmio o jogo mereceu nota 7,5, na Arena da Baixada o oito fica bem.

Então veio o embate de Belo Horizonte, quando o Cruzeiro massacrou o Galo por 3 a 0, com dois golaços de Pedro Rocha e Robinho, homônimos do genial uruguaio que brilhou no São Paulo e do santista que não chegou ao topo como prometia.

O Cruzeiro venceu com brilho, mas o Atlético não desistiu e buscou seu gol sem parar, o que agradou o observador interessado apenas em ver bom jogo. Viu e deu outro oito.

Restou uma partida chata, a de São Paulo, com nova indiscutível vitória do Palmeiras, agora sobre o Internacional, por 1 a 0, sem correr o menor risco.

"Ah, lá vem o colunista corintiano e despeitado", dirão a rara leitora e o raro leitor palmeirenses.

É claro que o torcedor alviverde está mais que satisfeito e com motivos para acreditar na tríplice coroa.

O time vence com autoridade, não toma gols, não sofre, não nada. Nem joga o que poderia se fosse menos avarento.

Nada a ver com sentimento clubista na constatação, basta recorrer às colunas sobre o Corinthians invicto no primeiro turno e campeão de 2017. 

Seus jogos eram um porre, com a desculpa de que o time era inferior ao Palmeiras de hoje.

Será que não dá para superar a Academia também em beleza, já que a superou em outros quesitos?

Sim, a resposta é sabida: não dá! Porque aquele time era fabuloso.

Mas é possível fazer melhor e o Brasileiro promete, embora, atenção!, 20 dias de treinos não produzam milagres.

Que tenham produzido a consciência de que a beleza é fundamental.

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