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Deputados pedem que igreja evangélica seja investigada por 'cura gay' após morte de Karol Eller

Representação foi enviada por Erika Hilton (PSOL-SP), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Luciene Cavalcante (PSOL-SP) ao Ministério Público Federal

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Os deputados federais do PSOL Erika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ) e Luciene Cavalcante (SP) acionaram o Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (16) pedindo que a igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, seja investigada por supostamente promover a prática de "cura gay".

A denominação evangélica é apontada pelos parlamentares como responsável pelo retiro "Maanaim", que oferece serviços para "converter" jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade.

O local teria sido frequentado pela influenciadora Karol Eller, que morreu na semana passada, em São Paulo, aos 36 anos. Próxima do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua família, ela trabalhava no gabinete do deputado estadual Paulo Mansur (PL).

Influenciadora bolsonarista Karol Eller, 36, morreu na noite desta quinta-feira (12) em São Paulo - Karol Eller no Facebook

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como suicídio no 27º Distrito Policial, em Campo Belo, na zona sul da capital. O episódio teria ocorrido um mês após a influenciadora anunciar a sua "conversão".

"Os tratamentos de 'cura gay' são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda população LGTBQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração", afirmam Hilton, Vieira e Cavalcante na representação.

Procurada pela coluna, a Assembleia de Deus de Rio Verde respondeu com a seguinte mensagem: "Agradecemos seu contato. Deus abençoe você e te dê paz."

Os deputados destacam que a prática é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia e sugerem que seja movida uma ação pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio.

"A conduta criminosa de tratamento de cura gay deve ser imediatamente coibida, assim como investigadas as vítimas já submetidas a tamanha violência, para que vidas sejam preservadas", diz a representação, que elenca estudos que destrincham os efeitos causados pela prática.

Os deputados ainda afirmam que o retiro promovido pela Assembleia de Deus na cidade de Rio Verde também ocorre em outras regiões do país, e pedem que o MPF investigue entidades, profissionais, grupos e empresas envolvidos na atividade em todo o Brasil.


Se você ou alguém próximo de você está pensando em suicídio, procure os serviços abaixo:

NPV (Núcleo de Prevenção à Violência)

Os NPVs são constituídos por ao menos quatro profissionais dentro das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e de outros equipamentos da rede municipal. Para acolher e resguardar as vítimas, os núcleos atuam em parceria com o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Conselho Tutelar, a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Mapa da Saúde Mental

O site, do Instituto Vita Alere, mapeia serviços públicos de saúde mental disponíveis em todo território nacional, além de serviços de acolhimento e atendimento gratuitos, além de ações voluntárias realizadas por ONGs e instituições filantrópicas, entre outros. Também oferece cartilhas com orientações em saúde mental.

CVV (Centro de Valorização da Vida)
Voluntários atendem ligações gratuitas 24 horas por dia no número de telefone 188, por chat, por email ou diretamente em um posto de atendimento físico.


FA-TAL

A atriz Sophie Charlotte participou da pré-estreia em São Paulo do filme "Meu Nome É Gal", em que interpreta a cantora baiana. O evento foi realizado no Cinemark do Shopping Iguatemi, na capital paulista, na semana passada. A diretora e roteirista Lô Politi, que divide a direção da obra com Dandara Ferreira, esteve lá. O ator Luis Lobianco, que também integra o elenco, compareceu.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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