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Ex-secretário da Justiça reforça defesa de Samara Felippo em caso de racismo em colégio de SP

Hédio Silva Jr., coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras, atuará ao lado da advogada Thaís Cremasco

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O advogado e ex-secretário da Justiça de São Paulo Hédio Silva Jr. passou a integrar a defesa da atriz Samara Felippo, que denunciou o caso de discriminação racial sofrido pela filha no colégio Vera Cruz, na zona oeste de São Paulo. Ele atuará ao lado da advogada Thaís Cremasco.

Em abril deste ano, duas alunas pegaram um caderno da adolescente, destruíram um trabalho que ela havia feito e escreveram uma ofensa de cunho racial em uma das páginas. Duas meninas de 14 anos admitiram ser as autoras das ofensas e foram suspensas por tempo indeterminado.

Samara Felippo: filha adolescente é vítima de racismo em colégio de alto padrão em São Paulo - Mathilde Missioneiro 29.jan.2024/Folhapress

Felippo tem cobrado a expulsão das estudantes. A escola, por sua vez, defende a decisão de não expulsá-las com o argumento de que a abordagem deve ser mais educativa e transformadora.

"A escola quer revitimizar a menina? Quer manter as ofensoras lá, e a menina é obrigada a conviver com aquilo a vida inteira?", questiona Silva Jr., também é coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro).

"Quer dizer, ela sofre uma violência bárbara, brutal, selvagem, e ninguém paga a conta? O Estado não paga a conta? A escola não paga a conta? As ofensoras não pagam a conta? Qual é a mensagem que nós estamos mandando para uma menina dessas e para a sociedade?", completa.

O advogado Hédio Silva Jr., ex-secretário da Justiça e fundador do Idafro - Reprodução @drhediosilva no Instagram

Os pais de uma das jovens agressoras comunicaram a outros pais de alunos que retiraram a filha da escola. Eles pediram desculpas à vítima e à família dela.

Em nota, o Vera Cruz afirmou que "em vez de simplesmente remover as alunas do ambiente escolar", preferiu "focar na responsabilização e na possibilidade de aprendizado das envolvidas". A direção da instituição de ensino também negou que tenha sido permissiva com uma situação de racismo.

"A escola adota uma filosofia educativa que prioriza a reabilitação e o aprendizado em detrimento de punições severas como a expulsão. A decisão de não expulsar as alunas foi tomada após uma avaliação detalhada do contexto do incidente."

A direção da escola diz ainda que as estudantes não tinham histórico de outras agressões ou ofensas. E afirma ter levado em conta a "pronta responsabilização das alunas, no reconhecimento da gravidade do ato por elas e no apoio de suas famílias, o que indica uma oportunidade para um ensino significativo que poderia ser perdido com a expulsão".


PÁGINAS

O diretor internacional de Jornalismo da TV Cultura, Leão Serva, e o professor e escritor Norval Baitello Junior receberam convidados para o lançamento do livro "A Fórmula da Paixão — De Aby Warburg. e Sobre Ele — Três Fragmentos Inéditos e Ensaios Críticos", organizado por eles. O evento foi realizado na Livraria da Vila do shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. O presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, esteve lá

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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