Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Senadores falam em gota d'água para Bolsonaro após Major Olímpio e elevam pressão por CPI
Caciques do Congresso, por outro lado, são céticos e dizem que falta mobilização nas ruas
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Em misto de comoção e revolta, senadores recorriam a uma expressão nesta quinta-feira (18) para se referir à morte cerebral de Major Olímpio (PSL-SP): a gota d’água que faz transbordar o copo de Jair Bolsonaro.
Para eles, o ocorrido deve aumentar a pressão sobre Rodrigo Pacheco (DEM-MG) pela CPI da Pandemia. A notícia sobre Olímpio chegou aos senadores pouco depois de reunião de líderes em que diversos deles choraram e disseram que não aguentavam mais receber ligações de pessoas pedindo vagas em UTIs e ajuda com alimentos.
Apesar do clima de consternação, caciques experientes do Congresso ainda são céticos. Dizem que sem mobilização nas ruas, a situação de Bolsonaro permanece a mesma.
A CPI já tem as assinaturas necessárias, mas o presidente do Senado tem tentado evitar sua instalação.
"A ausência de atitudes mais firmes, como a instalação da CPI, faz de todos cúmplices de genocídio. Em nenhum outro lugar houve um presidente tão responsável pelo que acontece. Esse senhor tem que ser apeado do poder por uma questão humanitária", diz Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Representantes do centrão e aliados de Bolsonaro, por outro lado, tentam descolar o presidente da tragédia e descartam tanto a abertura da CPI como movimento de impeachment.
“Franceses estão indignados com o governo da França também. Não vejo espaço para interpretação política”, diz Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Senado. “Major Olímpio não morreu por causa do governo federal”, acrescentou.
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