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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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'Major Olímpio não morreu por causa do governo federal', diz líder de Bolsonaro no Congresso

Diante da indignação de senadores com o presidente, Eduardo Gomes (MDB) diz que momento é de união

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Líder do governo federal no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO) diz que o presidente Jair Bolsonaro não tem culpa pelo que ocorreu com Major Olímpio (PSL-SP), que teve morte cerebral nesta quinta-feira (18) após ter sido contaminado pela Covid-19.

No Senado, como mostrou o Painel, senadores diziam nesta quinta (18) que o episódio seria a gota d'água do governo federal. Eles pressionam Rodrigo Pacheco (DEM-MG) pela instalação da CPI da Pandemia.

O emedebista diz que a insatisfação com o governo federal acontece também em outros países e não tem relação com possíveis falhas na condução da crise da pandemia por parte de Bolsonaro.

"Os franceses estão indignados com o governo da França, os alemães com o da Alemanha. Estamos em uma pandemia. Temos que enfrentar juntos o problema. Não vejo espaço para intepretação política", diz Gomes ao Painel.

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) durante sessão remota do Congresso
O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) durante sessão remota do Congresso - Jefferson Rudy/Agência Senado

"É um momento de união. Em uma crise, união não é uma opção, é obrigação", continua. "O Major Olímpio não morreu por causa do governo federal. Para respeitar a memória dele, temos que lembrar que ele tinha restrições ao isolamento vertical e ao lockdown. Essa era a briga dele com o João Doria [PSDB, governador de SP]. Não dá para usar a memória de uma pessoa que pensava de um jeito tentando interpretar outra coisa. É no mínimo incoerência e falta de respeito".

Gomes reconhece que Olímpio criticava o negacionismo do governo federal, mas aponta que ele também defendia a abertura dos comércios em São Paulo.

"O Senado não está precisando de reação política [ao governo federal]. Ele está precisando dar sustentação para a solução da crise de saúde, que vem através de recursos, que o governo federal despendeu muito para muitos estados e municípios", continua Gomes.

"A gota d'água é de tudo. Estamos no meio de uma pandemia. Se a pandemia é maior, nosso esforço tem que ser maior. E o Senado tem feito isso", conclui.

Gomes diz que o momento é de muita tristeza e que Olímpio era um de seus melhores amigos, "um cara doce, bacana, que evitava ir para qualquer confronto".

Nesta quinta (18), a notícia sobre Olímpio chegou aos senadores pouco depois de reunião de líderes em que diversos deles choraram e disseram que não aguentavam mais receber ligações de pessoas pedindo vagas em UTIs e ajuda com alimentos.

"A ausência de atitudes mais firmes, como a instalação da CPI, faz de todos cúmplices de genocídio. Em nenhum outro lugar houve um presidente tão responsável pelo que acontece. Esse senhor tem que ser apeado do poder por uma questão humanitária", disse Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Erramos: o texto foi alterado

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) é líder do governo no Congresso, e não no Senado como constava em versão anteriormente publicada desta reportagem. O texto e o título já foram alterados.

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