Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Folhajus

Ministros do STF avaliam que é preciso poeira baixar para iniciar aproximação com Planalto

Para magistrados, ainda não está claro em qual terreno estariam pisando, nem quem seria o melhor interlocutor

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que querem uma aproximação com o Palácio do Planalto, após a crise gerada com o perdão ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), defendem que é preciso esperar a poeira baixar para enviar sinais ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O primeiro ponto que os magistrados querem entender é quão duradoura poderia ser uma nova ponte de diálogo. Desde o início do mandato de Bolsonaro já foram feitas algumas tentativas de aproximação, frustradas por novas crises.

O presidente Jair Bolsonaro conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. REUTERS/Adriano Machado - REUTERS

O segundo ponto é quem poderia estar à frente do processo. Quando ainda era do Executivo, o ministro André Mendonça por diversas vezes desempenhou esse papel.

Como mostrou a colunista Mônica Bergamo, Mendonça manteve interlocução com a bancada evangélica e tem procurado uma solução para a crise gerada com o indulto. Seus colegas, no entanto, ainda não estão seguros de que ele seria o melhor nome. "Todos podem ajudar", afirma um togado.

Pelo lado do Planalto, no entanto, os aliados mais próximos do presidente defendem a sinalização de uma bandeira branca o quanto antes. A avaliação é de que Bolsonaro já faturou politicamente com o episódio e, agora, é a vez de o Congresso assumir a dianteira nesse assunto. Como a Folha mostrou nesta quinta-feira (28), a campanha viu efeito eleitoral limitado com o indulto.

Seus interlocutores afirmam que, dada a temperatura da crise e a proximidade com as eleições, Bolsonaro entregará a missão ao seu núcleo de extrema confiança. O mais provável é que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entre em campo.

Houve uma escalada da temperatura da crise desde a quarta-feira passada (20), quando o STF condenou Silveira a 8 anos e 9 meses de prisão. Além da imposição de pena, os ministros também votaram para cassar o mandato, suspender os direitos políticos e determinar o pagamento de multa de cerca de R$ 192 mil.

Na sexta-feira (22), Bolsonaro concedeu um indulto ao deputado. Em tese, o instrumento impede o cumprimento da pena por ataques feitos à corte, mas não sua inelegibilidade.

No domingo (24), a crise se agravou devido a declarações dadas pelo ministro Luís Roberto Barroso. Ele afirmou que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o processo eleitoral brasileiro. O Ministério da Defesa reagiu e classificou a fala de Barroso como "irresponsável" e "ofensa grave".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas