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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Instituições precisam se unir contra violência política, diz diretora do Sou da Paz

De acordo com Carolina Ricardo, qualquer ato precisa ser punido para não haver escalada da situação

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Para a diretora de executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, a morte do militante Marcelo Arruda faz parte de um contexto preocupante de aumento da violência política. Uma população mais armada, baixa efetividade dos mecanismos de controle e um discurso por parte de autoridades que legitima a violência formam um caldo que gera um alerta para as eleições de 2022.

"A gente tem que ficar muito atento. É um caldo que aumenta e agrava a violência política, com uma população muito mais armada e em um contexto em que se cogita uso de armas para questões políticas, seja para reagir a opositores, seja pela desconfiança de uma eleição considerada ilegítima", analisa.

FOZ DO IGUACU, PR, ( ESQUERDA )O guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu na madrugada deste domingo (10) após ser baleado na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. (A DIREITA ) O policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, autor dos disparos contra Marcelo Arruda (Foto: Arquivo pessoal e Reprodução ) - Arquivo pessoal e Reprodução

A situação, ela argumenta, exige vigilância e união de todas as instituições para evitar a escalada de episódios aparentemente isolados e menores. Isso passa pela atuação do Ministério Público e das polícias civis para não deixar nenhum ato grave sem punição, mas também pelo fortalecimento das polícias militares, do Exército e da Polícia Federal para aumentar a fiscalização, o rastreamento de armas e munições ilegais.

Carolina lembra ainda a necessidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) analisar o mais rápido possível as ações que questionam decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que aumentam o número e o potencial das armas em circulação no país. O ministro Kássio Nunes, indicado por Bolsonaro, pediu vista em setembro do ano passado e, agora, a retomada do julgamento depende de ele devolvê-lo ao plenário.

"É uma responsabilidade institucional do Supremo avaliar suas prioridades. O ministro Kássio está segurando esses processos. Enquanto a gente não vota e decide, parte deles continuam valendo e enxurradas de armas continuam sendo vendidas", avalia.

O Partido dos Trabalhadores irá pedir à Procuradoria-Geral da República (​PGR) a federalização das investigações do assassinato do político petista Marcelo Arruda, morto por um bolsonarista na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu, Paraná.

Representantes dos partidos da coligação em torno do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discutem a possibilidade em reunião do conselho político da pré-campanha nesta segunda (11). Os advogados estão se dedicando à redação do pedido e avaliando como proceder.

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