A coordenação dos sete partidos que formulam o programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reúne-se na próxima quarta-feira (13) com servidores e carreiras típicas de Estado para encontrar uma solução para o orçamento secreto.
Participam Aloizio Mercadante (PT), Alexandre Navarro (PSB), Rubens Diniz (PC do B), Claudio Puty (PSOL), além de representantes da Fonacate (Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado) e da Arca (Carreiras Públicas pelo Desenvolvimento Sustentável).
O debate ocorrerá em Brasília, na mesma semana em que o Congresso Nacional deve votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) tornando o orçamento secreto impositivo. É uma forma de blindar o mecanismo de distribuição de recursos em um eventual governo do PT, já que o centrão, hoje, está aliado ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
As reuniões presenciais com entidades de classe fazem parte de um cronograma da coordenação do programa de governo para ouvir instituições nacionais, como, por exemplo, o MST (Movimento Sem Terra). Mas o grupo também abriu a possibilidade para contribuições de qualquer cidadão, pela internet.
Desde que foi aberto o espaço para sugestões ao programa de governo, já foram recebidas 8.500 propostas, quase 600 por dia. A plataforma já teve 220 mil acessos, sendo 50 mil de usuários únicos. A maior parte das contribuições é sobre renda básica, dialogando com a universalização e a retomada do Bolsa Família, controle da inflação e valorização do salário mínimo.
Também há sugestões sobre a Petrobras e sua participação na definição dos preços dos combustíveis e sobre a reestatização da Eletrobras.
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