Siga a folha

Funarte promete investir cerca de R$ 20 milhões em atividades culturais

Editais e programas de lives devem possibilitar que artistas continuem atuando durante pandemia

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

A Funarte, a Fundação Nacional de Artes, entidade federal vinculada ao Ministério do Turismo, anunciou nesta sexta (12) um investimento em torno de R$ 20 milhões em atividades culturais em todo o Brasil por meio de programa que será detalhado na terça (16). Ainda sem os editais fechados, os valores estimados passam de R$ 18,2 milhões.

O Programa Funarte de Toda Gente, voltado a projetos de incentivo à criação, produção e difusão de atividades artísticas, reúne cinco editais, programa de apresentações online e prêmios, três deles em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ.

Por dependerem de público e do encontro entre plateia e artistas, a cultura é um dos setores que mais sofrem o impacto da pandemia e das medidas de distanciamento necessárias para a contenção do novo coronavírus. Muitas das atividades culturais não conseguem se manter apenas à distância ou virtualmente.

O edital RespirArte deve selecionar 1.600 produções artísticas inéditas a serem realizadas em plataformas digitais, com prêmios de R$ 2.500. Serão contemplados circo, artes visuais, música, dança, teatro e artes integradas (que misturam linguagens).

Há ainda um edital para projetos de atividades de capacitação artística e técnica e uma série de apresentações artísticas sob curadoria da Escola de Música da UFRJ que deve começar com lives e se estenderá, quando possível, a performances presenciais em cidades que possuem áreas consideradas Patrimônio Mundial Histórico e Natural da Humanidade, como Paraty, no Rio de Janeiro, Ouro Preto, em Minas Gerais, Olinda, em Pernambuco, e São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.

Além disso há um programa voltado a orquestras sociais e um de capacitação para acessibilidade.

A maior parte dos projetos já havia sendo elaborada pela Funarte, mas sofreu atrasos por causa das constantes trocas de gestão na entidade. Desde o ano passado, a fundação, que era vinculada ao extinto Ministério da Cultura, foi presidida por Stepan Nercessian, Miguel Proença e Dante Mantovani. Desde o começo de maio, Luciano da Silva Barbosa Querido atua como presidente substituto.

O ex-funcionário do gabinete de Carlos Bolsonaro, do Republicanos, foi visto por mais de dois anos como ameaça pela família do presidente Bolsonaro, por se acreditar que nos 13 anos em que trabalhou com o vereador ele pudesse ter acumulado material comprometedor.

Sua nomeação se deu após Dante Mantovani ser reconduzido, por menos de 24 horas, ao cargo. Mantovani havia sido nomeado em dezembro, porém, foi demitido quando Regina Duarte assumiu a secretaria. Em seu lugar, assumiu Marcos Teixeira Campos, servidor de carreira da Funarte indicado à atriz por Humberto Braga, braço direito de Regina, recém-exonerada do comando da Cultura.

Segundo funcionários da Funarte, Querido, que é pastor da Assembleia de Deus, advogado e especialista em mídias sociais, teria acalmado a equipe e dito que não pretendia fazer demissões nem trocas de cargos.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas