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Primavera Sound tem palco amador com árvores que atrapalham visão do público

Fãs não deixaram de se empolgar, mas matagal foi um fator influente no grau de energia entregue

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São Paulo

Uma das principais reclamações do público da primeira edição do Primavera Sound, ocorrida neste fim de semana, no Anhembi, em São Paulo, foi relacionada ao palco Beck's.

Não é para menos. Com várias árvores no local, a visão de grande parte da plateia foi prejudicada. Troncos, galhos e plantas roubaram o protagonismo.

Árvores bloqueiam visão de um dos principais palcos do Primavera Sound São Paulo - Marina Lourenço/Folhapress

Para piorar a situação, se apresentaram ali os headliners Arctic Monkeys e Travis Scott, que, como esperado, contaram com públicos lotados. Os fãs precisaram se espremer para, em muitos casos, se contentarem com pequenos detalhes dos telões.

Frustrados com a estrutura, alguns fãs subiram em árvores, que eram altas e, consequentemente, perigosas a quem se arriscou.

Ciente de que o matagal seria obstáculo, o festival tentou contornar a situação, espalhando vários telões —de três metros de largura e cinco de altura, segundo a organização— entre algumas árvores.

Além disso, houve dois telões maiores projetados nas paredes do palco. Caixas de som também foram instaladas pelo local, que parecia um longo corredor.

Fã escala árvore que bloqueia visão de um dos principais palcos do Primavera Sound São Paulo - Marina Lourenço/Folhapress

Não que a estrutura tenha impedido os fãs dos músicos de curtirem os shows, dançando, pulando e cantando seus hits com empolgação. Mas foi um fator influente no grau de energia entregue pelo público.

Houve, claro, quem aproveitasse as atrações sem nenhum prejuízo —até porque algumas regiões do palco não tinham empecilhos para além de aglomeração.

Ao lado do palco Primavera, o Beck's foi o principal ambiente do festival, o que é uma contradição, no mínimo, curiosa.

Com apresentações como Lorde e Björk, o palco Primavera, porém, contou com uma disposição bem planejada para receber multidões. Próximo a ele, estava o Elo, que se destacou com uma grande arquibancada, na qual o público se dividiu entre ficar sentado e em pé. Ali tocaram artistas como Boy Harsher, Arca e Don L.

Os palcos Bits e Barcelona também foram bem arquitetados. Num clima de "fritação eletrônica", Bits levou DJs como Badsista para um vasto porão iluminado por estrobos ultracoloridos. O Barcelona, por sua vez, ofereceu um clima intimista, com um auditório que abrigou artistas como Tim Bernardes e Hermeto Paschoal.

Os motivos que levaram a organização do festival a escalar artistas de peso para um local dominado por árvores é um mistério. Resta agora saber se isso se repetirá em edições futuras.

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