Secretário de Estado dos EUA pressiona China sobre uigures e Hong Kong em 1ª conversa oficial
Governo Biden deve manter postura dura contra o país asiático que marcou gestão de Trump
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pressionou a China sobre o tratamento dado aos uigures, ao Tibete e a Hong Kong na primeira conversa entre altos funcionários dos dois países desde a posse do presidente Joe Biden.
“Deixei claro que os Estados Unidos continuarão a defender valores democráticos e a responsabilizar Pequim por seus abusos do sistema internacional”, escreveu Blinken em uma rede social, sobre a conversa que teve com Yang Jiechi, diretor da Comissão de Assuntos Exteriores da China, na noite desta sexta (5).
Blinken afirmou que o governo Biden continuará a “defender os direitos humanos e os valores democráticos em Xinjiang, Tibete e Hong Kong”, e pressionou a China a condenar o golpe militar em Mianmar.
O chefe da diplomacia americana também ressaltou que Washington responsabilizará Pequim por qualquer “tentativa de ameaçar a estabilidade na região do Indo-Pacífico, incluindo o estreito de Taiwan”.
Yang Jiechi disse na conversa que Hong Kong, a província de Xinjiang (onde vivem os uigures) e o Tibete são temas internos chineses e que “nenhuma força estrangeira pode interferir neles”. E pediu a Washington que corrija os erros dos últimos anos, segundo a embaixada da China nos Estados Unidos.
Yang também destacou a importância de que o governo americano respeite o princípio de “uma só China”, com base no qual Pequim considera Taiwan uma de sua províncias, e que a questão da ilha “é o problema central nas relações entre China e Estados Unidos”.
A China ameaça invadir Taiwan caso seus líderes façam uma declaração formal de independência e tem reforçado a repressão a opositores em Hong Kong.
Blinken já havia afirmado em sua audiência de confirmação no Congresso que continuaria com a dura política do ex-presidente Donald Trump em relação à China, um dos raros pontos de concordância entre o governo republicano anterior e a atual gestão.
Ele também observou que concorda com a afirmação de seus antecessores no Departamento de Estado de que Pequim está cometendo um genocídio na região ocidental de Xinjiang contra a minoria muçulmana uigur.
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