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Para além dos bigodes, miados e ronronados =^.^=

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Dominação felina: gatos lideram crescimento de animais de estimação no Brasil

São 27,1 milhões de bichanos ronronando e arranhando sofás no país, aponta Censo Pet IPB

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Peter Parker é um gato branco e preto e está deitado em uma rede
Peter Parker, gato do fotojornalista Zanone Fraissat - Instagram/cat_peter_parker
São Paulo

O projeto de dominação mundial felina tem progredido com sucesso. A população de gatos foi a que registrou o maior crescimento entre os animais de estimação no Brasil de 2020 a 2021.

De acordo com o Censo Pet IPB (Instituto Pet Brasil), divulgado nesta quinta-feira (30), o número de bichanos criados como pets em lares brasileiros aumentou 6% no período —mais do que o de cães, que subiu 4%.

Até dezembro de 2021, eram 27,1 milhões de gatinhos ronronando e arranhando sofás por este país afora. No ano anterior, eram 25,6 milhões.

No total, segundo o levantamento, até o final do ano passado o país tinha 149,6 milhões de animais de estimação, um aumento de 3,7% sobre os 144,3 milhões de 2020.

"O crescimento da preferência pelos felinos ocorre devido ao envelhecimento da população brasileira, ao aumento de pessoas que moram em apartamentos e que moram sozinhas. Um dos principais motivos é que o gato é um animal que não demanda tanta atenção como os cães", diz Nelo Marraccini, presidente do conselho consultivo do IPB.

Apesar de ser um bichinho que dispensa passeios na rua e grandes espaços em casa, a saúde dos bichanos não deve ser negligenciada. "É importante levar o gato a consultas periódicas. Ao menos uma vez ao ano para gatos adultos saudáveis", explica a veterinária especialista em felinos Lia Nasi.

"Como eles são predadores na natureza, não podem se mostrar vulneráveis. Por isso costumam não demonstrar muito os sintomas quando ficam doentes, para não se tornarem uma presa também, ressalta Lia.

A veterinária ressalta que os tutores de gatos devem sempre ficar de olho no peso do animal, se ele aumentou ou diminuiu a ingestão de água e a produção de urina —o que pode ser sinal de doença renal—, o aspecto das fezes, vômitos, perda de apetite e mudança de comportamento em geral. Todos esses sintomas podem representar alguma doença.

Nos anos anteriores, os gatos já vinham registrando aumento maior em relação aos cães, mas nunca um salto tão grande como o do último levantamento. De 2019 para 2020, o índice foi de 3,6%. De 2018 para 2019, 3,4%. Os dados passaram a ser computados em 2018, mas uma estimativa do IPB dos últimos dez anos aponta para um crescimento médio anual de 2,5% entre os felinos.

Embora os felinos estejam cada vez mais conquistando território nacional, os cães ainda estão no topo do ranking, com 58,1 milhões em 2020, eram 55,9 milhões.

Por incrível que pareça, os gatos são estão em segundo lugar: essa posição é ocupada pelas aves canoras (como o canário e o sabiá-laranjeira), como 41 milhões.

Os bigodudos estão em terceiro lugar, seguidos pelos peixes (20,8 milhões) e os pequenos répteis e mamíferos (2,5 milhões).

A rede de pet shops Petz também revelou neste mês que os gatos puxaram o recorde de adoções em maio deste ano.

O programa Adote Petz bateu recorde de adoções no mês passado com a marca de mais de 900 animais, maior volume mensal já registrado ao longo de 15 anos.

Segundo a rede de pet shops, a procura por gatos é bem maior do que a por cães. Os felinos responderam por 67% do total de bichos adotados em 2022. No ano passado, os bigodudos representaram 65% dos pets que ganharam um lar e, em 2020, 57%.

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